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Depois da festa do anúncio da autosuficiência em petróleo, a oposição acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de transformar a auto-suficiência em campanha eleitoral. O secretário-geral do PSDB, deputado Eduardo Paes (RJ), disse que o discurso de Lula está cada vez mais distante da realidade da população brasileira e destacou que o presidente está em campanha pela reeleição desde o primeiro dia de seu mandato.

- Ele nunca saiu da campanha. Desde o primeiro dia de mandato está buscando a reeleição e, o que é pior, usando a máquina do Estado. Mas a mentira não dura muito tempo - disse Paes.

Em tom de ironia, o deputado afirmou que os discursos de Lula são "um caso de psiquiatria", pois já ultrapassaram os limites "do delírio político". O tucano citou discursos feitos por Lula esta semana em Porto Alegre (RS), no Hospital Conceição, onde o presidente disse que o sistema de saúde brasileiro é quase perfeito, e no Rio de Janeiro, no ato em comemoração da auto-suficiência na produção de petróleo:

- O discurso de Lula está cada vez mais distante da população. Ele começou com a saúde e fecha com a Petrobras - afirmou, acrescentando que o aparelhamento da Petrobras no governo Lula colocou em risco a auto-suficiência.

O líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), defendeu uma reforma política para evitar o uso da máquina pública pelos governantes. Segundo ele, a auto-suficiência deveria ter sido alcançada há dois anos, mas não foi possível devido a indecisões do governo Lula.

- O Brasil precisa de uma reforma política urgente para impedir abusos como os cometidos por Lula, usando a máquina pública e realizações que não são suas. Isso é uma tentativa de estelionato eleitoral. Tenho esperança de que o povo brasileiro não vá se curvar à propaganda do governo Lula - disse Aleluia.

Para o anúncio da auto-suficiência feito nesta sexta-feira, o governo montou uma operação de marketing milimetricamente planejada. Em uma das cerimônias, realizada no Rio, o presidente salientou as conquistas de seu governo, aos gritos de "Lula outra vez", vindos de funcionários da estatal - incluindo executivos da empresa - que estavam na platéia.

Pouco antes, na plataforma instalada na Bacia de Campos, ele mergulhou as duas mãos em óleo, repetindo gesto de Getúlio Vargas, em 1953, cuja foto a Petrobras fez questão de distribuir.

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