Deputados da oposição e governistas dissidentes reuniram-se na manhã desta terça-feira (8) para discutir a composição da chapa alternativa que disputará com a governista a composição da comissão especial que decidirá sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O grupo contabiliza ter 35 nomes de 11 partidos, que incluem oposicionistas (DEM, PPS, PSDB, SD e PSC), governistas (PP, PSD, PMDB, PTB e PMB), além do nanico PHS.
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Carta de Temer é declaração a favor do impeachment, avalia Caiado
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou na manhã desta terça-feira (8) que a carta do vice-presidente Michel Temer, na qual reclama da desconfiança em relação a ele e ao PMDB, é uma declaração a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Houve uma posição, sem rodeios, onde expõe, além da incapacidade administrativa, a falta de apoio político da presidente”, disse Caiado.
Segundo o parlamentar de oposição, o foco principal do Democratas no momento é tirar o País da atual situação. Ele ressalvou que o partido só vai discutir apoio a nomes depois que o impeachment “for sacramentado”. “Depois será uma nova etapa, onde vamos optar por um projeto que recoloque o País nos trilhos e arrume a bagunça e o estrago da era PT”, disse Caiado.
O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), calcula que a chapa dissidente pode chegar a 39 nomes, caso atraia a indicação dos quatro representantes do PSB, que discute nesta manhã a chapa que integrará. Pela manhã, deputados da oposição discutiam o nome que dariam à chapa. Houve sugestões de “Amo o Brasil”, “Chapa Ulysses” e “Chapa Tancredo”.
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Carta
A oposição analisou a carta endereçada na segunda-feira (7) pelo vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma Rousseff como sinal claro de rompimento. “Politicamente falando, não tem como não interpretar de outra maneira”, disse Mendonça Filho.
Para o líder do DEM, o PMDB “foi massacrado dentro do governo” e a emissão da carta e seu vazamento só ocorreram em resposta às declarações feitas por Dilma pela manhã, quando ela disse confiar em Temer. “Ele foi provocado. De forma primária, a presidente o constrangeu ontem. O governo foi desleal com ele e com o PMDB”, disse Mendonça, para quem, se não fosse o PMDB, Dilma não teria sido eleita e o ajuste fiscal não teria sido aprovado no Congresso.
Na carta vazada à imprensa, o vice diz que nunca teve a confiança da presidente e elencou episódios que, segundo ele, comprovam sua impressão. A carta foi recebida pelo Planalto como mais um passo do PMDB em direção ao rompimento com o governo. Nesta segunda (7), o então ministro da aviação civil, Eliseu Padilha, homem ligado ao vice, entregou ao governo sua carta de demissão.
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