O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), disse que vai retomar a ofensiva para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes no Senado na primeira semana do próximo mês, quando termina o recesso parlamentar. Das 27 assinaturas necessárias para abrir a investigação, o tucano já obteve 23 e acredita que conseguirá o restante, diante da evolução da crise no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Além das 15 assinaturas dos senadores do PSDB e DEM, Dias obteve a adesão dos dois parlamentares do PSOL e de nomes independentes na Casa, como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Taques (PDT-MT). Ainda da base aliada, assinou o senador Sérgio Petecão (PMN-AC), cuja sigla integra o bloco do PMDB. Estão na mira da oposição outros senadores com postura independente na Casa, como Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), também tenta emplacar uma CPI, mas já deu declarações de que acha mais viável instaurar a investigação no Senado, onde o número de assinaturas exigido é menor. Na Câmara, a oposição precisa da adesão de 171 deputados, um número quase inatingível diante da expressiva maioria alinhada ao governo.
Desde o início da crise, deflagrada por denúncias de esquema de superfaturamento de contratos e cobrança de propinas no âmbito do ministério e no Dnit, 18 pessoas já foram demitidas. Em entrevista à imprensa na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que toda a cúpula do Dnit e da Valec, estatal que controla as ferrovias, seria substituída.
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