Congressistas da oposição criticaram ontem o comunicado enviado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para a Justiça norte-americana sobre a possibilidade de o deputado Paulo Maluf (PP-SP) ser ouvido no Brasil em um processo a que responde nos Estados Unidos. A oposição considera "interferência" do ministro em prol de um aliado do PT.
O senador José Agripino Maia (DEM-RN) disse que as "recentes alianças" de Maluf asseguraram ao deputado maior atenção do governo brasileiro. "Não cabe interferência de uma autoridade brasileira, principalmente se tratando de uma figura controversa como o Maluf. Isso pode ser consequência das recentes alianças do Maluf", afirmou.
Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o gesto é uma "retribuição" ao apoio de Maluf ao PT desde 2012, quando o deputado do PP se aliou a Fernando Haddad, então candidato à prefeitura de São Paulo. "Essa não é uma atitude republicana. É constrangedor um ministro ter que interferir pedindo a generosidade da Justiça de um outro país para um político brasileiro."
Segundo nota divulgada pelo Ministério da Justiça, o mesmo procedimento será adotado pelo órgão em "quaisquer casos similares eventualmente requeridos por qualquer cidadão brasileiro".
Maluf relatou o teor da ajuda em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Ele e seu advogado procuraram Cardozo mais de uma vez nos últimos dois anos para tratar do assunto. Maluf é citado em um caso de possível evasão de divisas e a Justiça dos EUA o trata como foragido. Desde 2009, a Interpol exibe em seu site uma foto de Maluf como "procurado".
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