Partidos de oposição farão na próxima terça-feira, 25, reunião em Brasília a fim de articular uma estratégia para emplacar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Congresso. O encontro será liderado pelo provável candidato à presidência e senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP).
Na quinta-feira, 20, o tucano defendeu a criação de uma CPI mista para aprofundar as investigações sobre a aquisição da refinaria de Pasadena (EUA) pela estatal brasileira. "Aqueles da base do governo que dizem querer investigar essa questão e que já nos ajudaram a aprovar a comissão externa envolvendo outras denúncias na Petrobras, como no pagamento de propina por parte de uma empresa holandesa, esperamos que possam nos ajudar para que essa questão seja esclarecida", declarou. Para ser instalada a CPMI precisaria das assinaturas de 27 senadores e de 171 deputados.
O jornal O Estado de S.Paulo revelou que, em 2006, a presidente Dilma Rousseff, então ministra e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da compra de 50% da refinaria americana. Ao justificar seu voto, Dilma disse que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho". A Petrobras acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão na operação.
No mesmo dia em que Aécio "convocou" o 'blocão' dos deputados insatisfeitos com o governo a trabalhar pela criação da comissão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se mostrou contra a iniciativa. "Acho que o momento eleitoral não é o mais propício. Não sou favorável a partidarizar. Mas se o governo não apurar direitinho, abre espaço (para CPI)", disse FHC. O episódio da compra da refinaria está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União e pela Polícia Federal.
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