A oposição criticou o que chamou de “anúncio vago” sobre a redução de ministérios pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) . O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que o governo não detalhou a medida, fazendo apenas uma declaração do que pretende fazer. Para Caiado, foi uma “cortina de fumaça” para esconder o impacto da saída do vice-presidente Michel Temer da articulação política.
“O governo, na voz do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, atua de forma atabalhoada e irresponsável. Esse anúncio sem qualquer detalhe gera insegurança e desconfiança no mercado e faz o país perder credibilidade. É uma cortina de fumaça num momento em que o governo perde Michel Temer na articulação política. Sem contar que, menos de um ano após rechaçar a oposição por atentar que a máquina estatal precisava ser enxugada, o governo agora admite seus erros. Mais uma mentira comprovada”, disse Caiado, acrescentando: “Não tem mais timoneiro, não tem mais piloto. O Brasil está entregue ‘ao Deus dará’”.
Na mesma linha, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), classificou o anúncio como “uma medida atrasada e feita sob pressão e não por convicção”.
“O problema deste governo é que ele não age por convicção, só age sob pressão. Dez ministérios a menos dariam credibilidade a Dilma se ela tivesse tomado esta atitude antes de assumir a Presidência. A medida agora, que, se adotada, será bem-vinda, não dará ‘selo de qualidade’ ao governo, até porque o que é feito sob pressão não recupera credibilidade”, disse Agripino.
PT apoia redução
Já o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), elogiou a decisão de Dilma de reduzir ministérios. Ele disse que, em 2016, as despesas obrigatórias aumentarão e a arrecadação está caindo.
“Essa conta não fecha. Por isso, o governo tem que ter atitudes corajosas, e esse é um gesto importante”, disse o petista.
O senador Reguffe (PDT-DF) cobrou uma ação quanto aos cargos de comissão, os chamados DAS. Segundo dados do Planejamento, são 23,9 mil DAS.
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