Integrantes da oposição declararam, ao fim da sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Turismo, com a presença do ministro do Esporte, Orlando Silva, que tiveram acesso a documentos fornecidos pelo policial João Dias Ferreira. Eles conteriam denúncias graves contra o Esporte e o ministro. Orlando Silva deu depoimento aos parlamentares para tentar se defender de acusações do policial.
"O depoimento dele é estarecedor. Traz detalhes e informações que não constam da imprensa. Demonstram a existência de provas materias inegáveis contra o ministro e todo seu ministério. Nós aqui hoje não faremos questionamento do ministro. Dissemos que era necessário primeiro saber das provas do delator, para depois ouvir o ministro. Quero sugerir que essa comissão possa aprovar de imediato um requerimento para o depoimento do senhor João Dias", disse ACM Neto.
Antes da intervenção dos oposicionistas, Orlando Silva falou basicamente às forças governistas, já que a oposição estava em peso na liderança do Senado ouvindo o policial.
Orlando defendeu a sua própria atuação à frente da pasta e voltou a atacar o policial militar e ex-militante do PC do B João Dias Ferreira. Ele disse que quem tem provas contra João Dias é o Ministério do Esporte.
"Nós autorizamos diligências para colher informações. Desde 2008 o governo trabalha para devolver os recursos,desde então combatemos o malfeito, exigindo a devolução do dinheiro puvblico. É o Ministério dos Esportes que combate a corrupção. Não interessa qual seja a entidade, a quem seja vinculada. Esse é o padrão do que fazemos. Nesse processo, houve insinuações de denúncias, e nós sempre dissemos: se há o que denunciar, que o faça e prove o que falou. Até agora esse desqualificado falou e não provou. Quem tem provas contra ele sou eu e está aqui. São essas provas que nos fizeram exigir a devolução do dinheiro público".
Orlando Silva voltou a chamar o PM de uma pessoa "desqualificada": "E quem faz as acuações? Quem ataca? Um desqualificado, um criminoso, uma pessoa que foi presa".
Na chegada à comissão, o ministro foi ovacionado por partidários do PC do B e pelo governo. De acordo com o deputado Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB, ele estava acompanhado de sua "torcida leal".
À revista "Veja", o policial afirmou que Silva teria recebido dinheiro público para caixa 2 do PC do B na garagem do Ministério do Esporte. Já ao Estado de S. Paulo, afirmou que o ministro propora um acordo para que ele não revelasse os supostos crimes.
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