Perfil
Nome: Ricardo Crachineski Gomyde
Idade: 38 anos
Cidade natal: Ibaiti (PR)
Estado Civil: Casado. Tem dois filhos
Experiência no setor público: deputado federal (1995 a 1998); vereador (era suplente de Jorge Samek e depois assumiu a vaga 2002 a 2003); secretário estadual de Esporte; presidente da Paraná Esportes (desde 2003)
Candidato à prefeitura pelo PCdoB, Ricardo Gomyde, culpa a falta de embate por parte da oposição pelos índices de aprovação que o atual prefeito tem alcançado nas pesquisas na última rodada do Ibope/ RPC/Gazeta do Povo, mais de 80% disse aprovar a gestão de Beto Richa.
Para ele, que pontuou apenas em uma das rodadas da Datafolha/RPC/Gazeta do Povo e tem aparecido com 0% de intenção de votos na maior parte da corrida eleitoral, não caberia a seu partido liderar a oposição, e sim aos partidos de maior representatividade na Câmara, como o PT.
Mesmo assim, não deixou de criticar a gestão do tucano, atribuindo a Richa uma falta de articulação política, que, segundo ele, traz problemas a vários setores, em especial ao que tem mais familiaridade: o esporte. Como ex-secretário estadual de Esportes Gomyde está afastado e não confirmou se retorna ao cargo após o pleito disse que divergências políticas colocam em risco a vinda da Copa de 2014 para Curitiba. Confira a seguir os principais trechos da sabatina. Ou clique aqui e leia a sabatina na íntegra.
Oposição
"A falta de oposição à atual administração foi sistemática na Câmara de Vereadores. Se os partidos de maior influência e mais representatividade na Casa, como o PT, não fizeram oposição, não seria de se esperar que isso partisse do PCdoB (respondendo sobre a atuação do vereador Luizão Stelfeld, que sempre votou com a prefeitura). Se ao final do dia 5 os índices comprovarem a aprovação de Beto Richa, paciência. Mas essa aprovação tem co-responsabilidade da oposição. Deve-se ao estilo de oposição feito em Curitiba."
Gestão Beto Richa
"Não vou dar nota à atual administração. Mas o prefeito faz o emergencial e não o importante, que é pensar e planejar o futuro da cidade. O município tem um orçamento significativo e vem diminuído o passivo ao longo dos anos, por isso os prefeitos sempre são bem avaliados. Mas tem muito a ser feito."
Copa de 2014
"Há uma desarticulação em todas as áreas e me chama a atenção que isso só ocorra aqui em Curitiba. Nas outras cidades não se discute assim, que irá para um estádio e não para outro (respondendo ao questionamento sobre a possibilidade de Curitiba ficar de fora da Copa de 2014). No meu papel (como secretário estadual de Esportes) fiz o que pude, mas há um problema político, de divergência política. Isso é público e notório."
Esportes
"O esporte evoluiu muito no Brasil nos últimos anos. No estado, a Universidade do Esporte foi recuperada. Estava nas mãos do setor privado e voltou ao patrimônio público. Hoje, ela desenvolve diversas atividades e é aberta à comunidade, atendendo mais de 4 mil pessoas. É um grande clube social. Mas Curitiba precisa de uma arena multicultural. Está defasada. Isso é falta de articulação política. Veja em Maringá, para onde o Orlando (Silva, ministro do Esporte) levou um centro de alto rendimento. Se lá é possível, por que não aqui? Uma das minhas propostas é a construção de um centro no lugar do Pinheirão."
Campanha
"Fui o sexto mais votado para deputado federal em 2006, com 62 mil votos. Mais que muita campanha milionária. Não fui eleito por conta da contingência eleitoral. Estou contente, mas acho que tenho de acertar mais nas coligações. Sempre fiz boa quantidade de votos em Curitiba. Não faço previsões mas imagino que vá fazer uma boa votação. Estou fazendo campanha e tendo uma boa receptividade, espero ver isso no final, no dia 5 de outubro."
Mensagem ao eleitor
"Estou muito satisfeito com a campanha, estou sendo recebido com carinho pelas pessoas e apresentando propostas objetivas, independentes. Com base no meu histórico de boas votações na cidade acredito que terei uma boa votação."
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As perguntas dos leitores foram encaminhadas à assessoria do candidato. Participaram da sabatina: Oscar Röcker Netto, chefe de redação; Eduardo Aguiar, editor executivo de Vida Pública; Fernando Martins, editor de Vida Pública; Rogério Galindo, editor de Vida e Cidadania; Flávia Alves, repórter de Vida Pública e Adriano Kotsan, repórter da Gazeta do Povo Online.
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