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Apesar do depoimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na próxima quinta-feira, a oposição no Senado não descarta a possibilidade de Bastos falar lá também, posteriormente. Numa reunião pela manhã, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários decidiram aguardar o depoimento de Bastos na Câmara antes de apreciar o requerimento da oposição que o convocava para falar também aos senadores.

O governo conseguiu, em acordo com líderes partidários, mudar o depoimento do ministro da Justiça do plenário da Câmara para a CCJ. O Palácio do Planalto queria evitar uma grande exposição do ministro numa sessão aberta no plenário, com centenas de deputados com direito a fazer perguntas. Pelo acordo, Thomaz Bastos dará explicações, na manhã de quinta-feira, sobre sua participação no episódio da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

- O Senado vai aguardar o pronunciamento do ministro. Se os esclarecimentos do ministro forem satisfatórios, como acredito que serão, o episódio estará superado e não haverá necessidade de uma outra convocação no Senado - aposta o líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

Mas o líder do PFL, senador Agripino Maia (RN), não descarta nova convocação:

- A ida do ministro na Câmara não muda a demanda do Senado. Vamos avaliar depois que ouvirmos novamente o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (Jorge Mattoso). Não temos pressa, mas não abrimos mão desse direito se houver necessidade.

A convocação de Mattoso seria votada nesta terça-feira na CPI dos Bingos, mas foi adiada.

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