
A oposição vai ingressar com mais uma representação contra o ex-ministro Antonio Palocci, desta vez no Ministério Público de São Paulo. Os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Alvaro Dias (PSDB-PR), autores do pedido de investigação, pedem que o Ministério Público apure denúncia de que Palocci mora em um apartamento alugado de uma empresa registrada em nome de um "laranja".
A oposição escolheu São Paulo por considerar o ambiente no Ministério Público "mais favorável" às investigações do que a Procuradoria-Geral da República que arquivou o pedido do DEM, PSDB, PSol e PPS para investigar a evolução patrimonial de Palocci. O Ministério Público Federal não abriu inquérito para apurar a evolução patrimonial de Palocci por considerar que não há indícios de que o ex-ministro tenha cometido ilícitos.
Apesar de Palocci já ter deixado a Casa Civil, os oposicionistas cobram do Ministério Público investigações. Alvaro e Demóstenes afirmam que o "laranja" dono do apartamento de São Paulo em que Palocci mora tem renda mensal de R$ 700, como revelado pela revista Veja, enquanto o ex-ministro paga o aluguel mensal de R$ 15 mil.
"Parece clara a prática de fraude mediante simulação, pois o apartamento teria sido adquirido pelo ex-ministro e registrado no nome de terceiro, a empresa Lion Franquia e Participações Ltda, cujo sócio majoritário, Dayvini Costa, confirmou ser laranja do ministro Antônio Palocci", afirmam os senadores na representação.
Segundo os parlamentares, Palocci cometeu crime de improbidade administrativa ao ter "praticado atos simulados que tinham como objetivo a fruição do imóvel sem que seu nome aparecesse ligado à propriedade do bem".
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