![Oposição perde uma assinatura e CPI no Senado se inviabiliza Alvaro: líder do PSDB diz que há clima para que governistas assinem CPI | José Cruz/ABr](https://media.gazetadopovo.com.br/2011/08/00fcabb77ebd6a8b9ace263e64c21638-gpLarge.jpg)
A oposição chegou a anunciar ontem que havia conseguido as 27 assinaturas necessárias para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado com o objetivo de investigar acusações de corrupção no Ministério dos Transportes. Ainda na noite de ontem, porém, o senador João Durval (PDT-BA) retirou sua assinatura, inviabilizando, pelo menos por enquanto, a investigação. Dez senadores de partidos aliados do governo Dilma Rousseff haviam assinado o pedido mesmo após sucessivas manobras do Planalto para impedir a criação da comissão.
Entre os governistas, quatro senadores do PMDB, três do PDT, dois do PP e um do PMN assinaram a instalação da comissão além dos 16 integrantes de PSDB, DEM e PSol. A senadora Kátia Abreu, que deixará o DEM para aderir ao PSD, também assinou o pedido.
Pelo regimento do Senado, o prazo para que os parlamentares retirassem as suas assinaturas termina à meia-noite do dia em que o pedido for lido no plenário.
O líder do PSDB no Senado, o paranaense Alvaro Dias, disse ontem que não acreditava numa pressão do governo para a retirada de assinaturas. "Todos que assinaram pensaram muito. Há um espaço de indignação na base governista diante desse mar de lama na Esplanada."
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que iria procurar os governistas para tentar derrubar a CPI. "A comissão não é boa para o governo, apesar de ele não temê-la."
Concentração
Mesmo com acusações de corrupção em outros ministérios, a CPI vai concentrar as investigações sobre os Transportes. "O ideal seria ampliar [criando uma CPI da Corrupção], mas teríamos dificuldades para garantir assinaturas", afirmou Alvaro.
A oposição também vai insistir na convocação de todos os ministros envolvidos em denúncias de irregularidades. Jucá disse que a orientação do governo é transformar as convocações em convites, o que desobriga os ministros a comparecer ao Congresso.
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