Lideranças de partidos de oposição na Câmara dos Deputados decidiram nesta terça-feira apresentar uma moção de apoio ao juiz federal Sérgio Moro, que comanda as investigações da operação Lava Jato. O juiz passou a ser alvo de crítica do PT depois que, na semana passada, foram tornadas públicas declarações do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef denunciando esquema de corrupção na estatal para beneficiar partidos da base aliada. Ontem, juízes federais e procuradores da República também divulgaram manifestações de apoio a Moro.
Na Câmara, os líderes do Democratas, Mendonça Filho (PE); do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), do Solidariedade, Fernando Franceschini (PR); e do PPS, Rubens Bueno (PR) foram os responsáveis pela proposta da moção de apoio a Moro que está sendo articulada hoje. Regimentalmente, a ideia é uma "proposição de legislativa" e, sob tal condição, tem de ir à votação no plenário para ter validade. Caso seja aprovada, a sugestão se transformará em apoio de todos os deputados federais a Sérgio Moro. Juntos, DEM, PPS, Solidariedade e PSDB têm 100 deputados na Câmara, que é formada por 513 parlamentares.
"A moção será assinada pelos quatro partidos de oposição, mas quem quiser assinar será bem-vindo", afirmou o líder do DEM na Câmara. No momento, os oposicionistas estão reunidos no gabinete do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI mista da Petrobras para definir se realizam uma reunião para votar requerimentos de quebras de sigilos e convocações de mais pessoas para serem ouvidas pela comissão.
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