Caminho livre
A oposição compareceu em peso à Mesa do Senado para protocolar o pedido de criação da CPI do Apagão Aéreo, que contaria com 33 assinaturas. Para instalar a comissão são necessárias as assinaturas de apenas 27 senadores. Entre os presentes estavam o líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS), o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), o senador Cesar Borges (DEM-BA), e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
A previsão da oposição é que outros dois senadores do PDT assinem o pedido de CPI até a próxima terça-feira: Jefferson Perez (AM) e Osmar Dias (PR). O senador e ex-ministro da Educação de Lula Cristovam Buarque (DF) já havia assinado o requerimento de criação da comissão. Oficialmente, o PDT faz parte do governo e o presidente do partido, Carlos Lupi, ocupa o Ministério do Trabalho.
Quatro senadores do PMDB - que detém cinco ministérios - também assinaram o pedido de CPI: Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS), Geraldo Mesquita (AC) e Mão Santa (PI).
Se confirmada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a CPI deve ter 13 titulares. Pelos cálculos da oposição, DEM, PSDB e PDT controlariam seis votos na comissão, contra sete do governo. Os oposicionistas já demonstraram preferência pela presidência da CPI, comprometendo-se a deixar a relatoria para a base governista.
No PSDB, somente nesta quarta-feira houve consenso sobre a instalação de duas CPIs para investigar o apagão aéreo. Em almoço com o governador de São Paulo, José Serra, a bancada no Senado decidiu defender a proposta. Segundo o senador Flexa Ribeiro (PA), todos concordam que a crise aérea deve ser apurada nas duas casas.
Até então, os deputados tucanos vinham defendendo que a CPI se restringisse à Câmara. O partido acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir, no dia 25, a favor da criação da CPI , principalmente depois do parecer favorável do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza.
Segundo Flexa Ribeiro, o líder do partido na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP), foi convencido de que o ideal é ter as duas CPIs.
- É um consenso de todos, inclusive do governador, instalar as duas CPIs - disse Flexa Ribeiro.
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