A oposição quer que o Ministério Público (MP) investigue as denúncias de fraudes no programa Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes. Reportagens do jornal O Estado de S. Paulo mostraram que o programa serve para gerar dividendos eleitorais e financeiros ao PCdoB em todo o País. Nesta segunda-feira (21), o Ministério Público Federal já instaurou uma investigação sobre a aplicação dos recursos do programa no Estado do Piauí.
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), vai protocolar terça-feira (22) representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo investigação sobre todos os convênios denunciados. Neto também quer uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). "Não podemos dar um cheque em branco para essas ONGs. Vamos exigir do Ministério (dos Esportes) explicações em relação à prestação de contas. Estas justificativas apresentadas até agora são superficiais e inconsistentes", afirmou o líder do DEM.
Ele questionou o fato de o Ministério dos Esportes realizar convênios com ONGs e não com prefeituras para implementar o programa. "A grande pergunta é porque precisa de ONGs para intermediar? Será que o Ministério não poderia fazer uma parceria com as prefeituras? O que parece é que se coloca uma ONG por objetivos políticos e o ministro Orlando Silva tem que tomar medidas duras e cortar na carne de seu próprio partido. Caso contrário, ele perderá qualquer condição de continuar no cargo", disse.
Neto pedirá ainda que a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara analise todos os convênios firmados pelo Ministério dos Esportes com ONGs. Ele sugeriu que o governo proíba qualquer ONG que tenha vinculação a partido político de receber recursos públicos.
O presidente do PPS, Roberto Freire (SP), também defende que o MP investigue o caso. Ele destacou os casos de ações do programa que não foram realizadas e cobrou providências. Freire, que militou no chamado Partidão, lamentou que o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) esteja envolvido no escândalo.
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