Brasília (AG) A oposição quer abrir, em uma das CPIs no Congresso, investigação sobre as atividades de Genival Inácio da Silva, o Vavá, um dos seis irmãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vavá, de 64 anos, mantém em São Bernardo do Campo (SP) um escritório para intermediar pedidos de empresários perante a prefeituras do PT, empresas estatais e órgãos do governo, segundo a revista Veja que circula nesta semana.
"Isso é tráfico de influência. É crime para enriquecimento próprio", diz o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia.
Segundo a reportagem, Vavá intermediou encontro do presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Eduardo de Oliveira, com César Alvarez, assessor especial de Lula, para negociar o pagamento de uma dívida de R$ 580 milhões do governo a hospitais particulares por serviços prestados à rede SUS. Ele também foi com um empresário paulista do ramo de construção em uma reunião com o diretor de operações e logística da Petrobras Distribuidora, Edimilson SantAnna, em 29 de setembro.
Vavá passou mal ao ler a reportagem e teve de ser medicado num hospital em São Bernardo. O Palácio do Planalto negou que o presidente tivesse conhecimento dos negócios do irmão, que não obteve nenhuma vantagem. "Qualquer pessoa que tenha a ilusão de conseguir benefícios do governo federal usando o nome do presidente da República não será bem-sucedida", diz uma nota divulgada hoje.
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