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A oposição cobrou nesta quarta-feira (24)explicações do ministro Aldo Rebelo (Esportes) por ter usado avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a Cuba no Carnaval com a mulher, o filho e assessores. Líderes do DEM, PSDB e PPS defendem que Aldo se explique à Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, e devolva o dinheiro do voo.

"O ministro é uma pessoa séria, mas se julgou no direito de levar mulher, filho e assessor em voo oficial. Aproveitou um evento para produzir férias, juntando o público e o privado. Cabe explicações à Comissão de Ética", disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

Vice-líder do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR) afirmou que a Comissão de Ética é a esfera adequada para Aldo se explicar por ser o órgão do Executivo responsável por analisar casos semelhantes. "Se houve desvio de conduta, cabe à presidente da República convocar a comissão para que ele seja ouvido. Quem é apanhado em flagrante tem que dar explicações."

A oposição também defende mudanças no decreto 4.244/2002 do governo que regulamenta o uso de aeronaves da FAB por autoridades. O decreto diz que os jatos podem ser requisitados quando houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente" --mas não diz quem pode ou não viajar acompanhando as autoridades.

"Já passou da hora de se regulamentar isso com maior rigor e estabelecer parâmetros de responsabilidades. Isso é uma questão administrativa do governo. Ao Congresso, cabe apenas fiscalizar e denunciar", afirmou Dias.

O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), disse que o partido estuda se há uma forma de pedir que Aldo devolva os gastos com a carona aos cofres públicos. "Pelo que conheço do Aldo, ele vai ressarcir os cofres públicos, mas, de qualquer maneira, estamos estudando se existe uma forma de fazer essa cobrança", disse.

Segundo Bueno, Aldo poderia ter evitado o desgaste e ter utilizado um avião comercial na viagem. "A carona não se justifica", completou.

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