A proposta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para que os partidos de oposição se unam e lancem a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para enfrentar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) não é consensual nem entre os tucanos. Enquanto DEM e PPS estão de olho na eventual candidatura do presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, os tucanos estão incomodados com a imposição da cúpula do partido em torno do nome de Aécio Neves para concorrer à Presidência.
"Não se constrói uma candidatura com imposição e sim com entendimento com os outros partidos e dentro do próprio PSDB. Fica difícil unir quando se coloca um nome", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). O parlamentar defende a realização de prévias para escolher o candidato tucano à sucessão de Dilma.
Entusiasta da candidatura de Eduardo Campos, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) argumentou que a união dos oposicionistas em torno do nome de Aécio serve para repetir a velha dicotomia PSDB x PT. A proposta de Fernando Henrique também é repudiada pelos partidos de oposição, como o DEM e o PPS. Para o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), é preciso "agregar forças" para analisar quem tem mais viabilidade eleitoral, antes de definir o candidato.
Na avaliação de Agripino ainda é "muito cedo" para saber hoje quem é o candidato com mais "viabilidade eleitoral" para enfrentar Dilma. Opinião semelhante a do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP). Ele admite que "namora" as candidaturas de Aécio, Eduardo Campos e também da ex-ministra Marina Silva, a quem chegou a convidar para ingressar no seu partido. "Se unificar tudo, você decide a eleição no primeiro turno. Mas não sei se esse é o caminho", disse.
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