BRASÍLIA - A decisão da Mesa Diretora do Senado de rejeitar o recurso que pretendia reabrir as investigações sobre o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética, rachou o grupo de senadores que defendia o afastamento do peemedebista do cargo. Os parlamentares estão divididos entre recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou encerrar as ações no âmbito da Casa.
O líder do PSol, senador José Nery (PA), disse ontem que vai tentar reunir os 11 senadores que assinaram o recurso para decidir se vão questionar o seu arquivamento no STF. Os parlamentares argumentam que a determinação da Mesa foi ilegal porque foi tomada sem a consulta aos seus membros. Caso percebam que a disposição do Senado é arquivar todos os recursos, a saída será recorrer ao Supremo.
Nery vai discutir com assessores durante o fim de semana se há espaço para levar a discussão ao STF. "Foi uma decisão monocrática e acredito que é passível de questionamentos. A Mesa tinha que ter sido consultada. Agora, não vou tomar nenhuma decisão isolada. Vou discutir com os 11 senadores que assinaram o recurso e com a assessoria jurídica qual a melhor saída", disse à reportagem.
Apesar disso, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que assinou o recurso, afirmou que é hora de reconhecer a derrota. Segundo Cristovam, agora, são os eleitores que terão que dar a resposta aos envolvidos na série de denúncias de irregularidades. Sarney foi denunciado ao Conselho de Ética por nepotismo e tráfico de influência, mas todas as acusações foram engavetadas.
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