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Brasília (Folhapress) – A oposição deve definir hoje a estratégia que adotará diante das novas denúncias de que a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria recebido US$ 3 milhões de Cuba, o que é ilegal e, se confirmado, pode levar à cassação do registro do PT na Justiça eleitoral.

Parlamentares do PSDB e do PFL querem apurar a história convocando todos os envolvidos para depor em uma das CPIs em andamento no Congresso, que ainda será definida.

Para deputados e senadores, a lista dos convocados deverá incluir o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, um dos coordenadores da campanha de Lula e citado nominalmente na reportagem publicada pela revista Veja.

Além disso, a oposição estuda medidas legais que podem ser adotadas. Enquanto o presidente Lula se reúne em Brasília com os ministros para traçar a linha de defesa do governo, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), se encontrará com os advogados do partido, em São Paulo, para estudar ações jurídicas que possam ser tomadas contra o PT e os envolvidos.

"Atuação em conjunto"

Depois de ouvir um parecer dos seus advogados, o senador disse que irá procurar o presidente do PSDB e prefeito de São Paulo, José Serra, para propor uma "atuação em conjunto’’. Segundo ele, a idéia do PFL é entrar com uma medida "no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ver com os advogados a possibilidade de ações por crime de responsabilidade’’.

Bornhausen embarcou no fim da tarde de ontem de Florianópolis para São Paulo certo de que o depoimento de Palocci nesse caso, será indispensável. "O depoimento dele vai ser necessário, sim, mas depois de ouvirmos os outros dois envolvidos (os ex-assessores do ministro na prefeitura de Ribeirão Preto Rogério Buratti e Vladimir Poleto)", afirmou.

"Palocci era o chefe da campanha’’, argumentou, defendendo ainda que o ex-presidente do PT José Genoíno também seja chamado para prestar esclarecimentos.

Segundo a reportagem de Veja, Buratti diz que foi consultado a pedido de Palocci sobre como trazer para o país US$ 3 milhões de Cuba.

"Nem Palocci e nem Lula estão imunes à aplicação da lei. Ou o Congresso apura tudo ou vai estar pecando por omissão’’, defendeu o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ).

"A denúncia é diferente das anteriores e atinge diretamente a campanha de Lula. Palocci era a passagem para a campanha’’, emenda o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).

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