Os partidos de oposição ao governo estadual reúnem-se hoje com o senador Osmar Dias (PDT) para debater o projeto que pode viabilizar sua candidatura ao Palácio Iguaçu em 2006. O encontro, em horário ainda a ser confirmado, deve ter a participação de lideranças do PDT, PSDB e PFL. Com a definição que as regras eleitorais para o ano que vem serão mantidas, as legendas buscam definir as estratégias e chapas.
No atual cenário, Osmar Dias aparece como principal adversário de Roberto Requião, que deve tentar a reeleição, embora o PPS deva lançar Rubens Bueno e o PT tenha deixado praticamente definida a candidatura do senador Flávio Arns. O PPS e o PT também apresentam um discurso de chegar ao segundo turno, porém, lideranças destas duas siglas têm apoiado o governo do PMDB, o que fez com que a oposição no Paraná se concentre em torno do nome de Osmar Dias.
"Vamos discutir os projetos de cada partido para o ano que vem. Conhecer os objetivos, idéias, o que cada presidente de partido está pensando sobre coligações, dentro da legislação eleitoral vigente. Mas precisamos aguardar uma possível mudança na lei. Ainda existe a hipótese da queda da verticalização e só podemos definir alianças depois que a legislação for definida", afirma o senador pedetista.
A composição da chapa ainda está indefinida. Nem mesmo o nome de Osmar ao governo está 100% consolidado, em função da possibilidade da verticalização inviabilizar algumas coligações no Paraná. Segundo o presidente do PFL no Paraná, deputado federal Abelardo Lupion, a disputa pela majoritária teria Osmar para o governo, um pefelista como vice e o PSDB indicaria o candidato ao Senado.
Os tucanos também enfrentam disputa interna pela indicação do candidato ao Senado. Enquanto o presidente da Assembléia, Hermas Brandão, reivindica o direito de participar, Alvaro Dias não abre mão de concorrer à reeleição caso o irmão seja confirmado como candidato ao governo. Enquanto Brandão leva vantagem caso a decisão seja entre os tucanos paranaenses, Alvaro, na condição de vice-presidente do partido no país, conta com o apoio da direção nacional.
Na pauta do encontro também será discutido o modelo da possível coligação. As legendas ainda não chegaram a um acordo sobre se a aliança será apenas para a disputa majoritária ou se os candidatos às proporcionais (deputados estaduais e federais), também entrarão em um "chapão" único.
De licença
Osmar Dias passou afastado da política nas duas últimas semanas em função de um problema de saúde, mas garante que está apto a retomar suas atividades com força total. "Tive um problema de circulação, que já havia se apresentado em outras ocasiões. Mas não é nada grave. Achei conveniente a licença de 15 dias porque esse problema provoca inchaço nas pernas e a recomendação médica é de que ficasse com as pernas levantadas", conta o senador.
O afastamento provocou especulações entre os adversários políticos, de que Osmar Dias estaria passando por um problema de depressão. O senador não ficou surpreso com esse tipo de comentário. "É normal que pessoas queiram fazer diagnósticos mais dramáticos. Interessaria a muitos que fosse algo mais sério."
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