Em carta encaminhada à Agência Estado no dia em que o deputado federal eleito Protógenes Queiroz (PCdoB) foi diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), o Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, contestou a menção das prisões do empresário no Operação Satiagraha e disse que as ações da Polícia Federal (PF) em julho de 2008, lideradas pelo então delegado Protógenes, "foram julgadas ilegais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por nove votos a um".
"Sobre Protógenes Queiroz, ele foi afastado da Polícia Federal e após processo iniciado pela Corregedoria, condenado pela Justiça a três anos e quatro meses de prisão pelos crimes de violação de sigilo funcional e fraude processual na Operação Satiagraha", destaca a carta, assinada pela Assessoria de Comunicação do Opportunity.
"Para o juiz da 7ª Vara Federal, responsável pelo caso, o ex-delegado 'lançou-se em verdadeira cruzada eleitoral' e tinha claro 'o seu propósito de ganhar o noticiário e reforçar a sua imagem de policial que prende ricos e poderosos'. A pena de Queiroz foi comutada por restrição de direitos", consta no texto.
O Opportunity lembra que a empresa foi alvo de duas operações policiais nos últimos anos (a Chacal, de 2004, e a Satiagraha, de 2008). "Ambas foram marcadas por ilegalidades, acusações falsas, provas forjadas, abuso de poder, uso ostensivo da imprensa, vazamento de informações e emprego da força policial em favor de interesses privados", diz o texto.
A carta foi enviada pelo Opportunity em resposta à citação do nome de Daniel Dantas na reportagem "Protógenes afirma que manifestações contra Maluf são alerta contra corrupção", em que a reportagem se referiu ao ex-delegado como chefe das investigações que culminaram com as prisões do deputado federal eleito Paulo Maluf (PP-SP), do empresário Law Kin Chong, do banqueiro Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
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