A segunda etapa do 5.º Congresso do PT foi feita em um momento de vacas magras e contou com diversas medidas para economizar nos custos. Segundo o secretário-geral da legenda, Romênio Pereira, o evento, que estava orçado, inicialmente em R$ 4,5 milhões, ficou por R$ 2 milhões.
Foi definido, por exemplo, que custos de frigobar dos delegados não serão cobertos pelo partido, bem como ligações telefônicas ou qualquer custo extra no quarto. Segundo o guia do congressista, foi oferecida aos 800 delegados acomodação dupla - ou seja, dividida com outra pessoa. “Delegados(as) que desejarem apartamentos individuais deverão solicitar diretamente com a agência de viagens, devendo arcar com todos os custos e informar imediatamente a organização”, diz o documento.
Passagens aéreas foram oferecidas apenas a delegados que moram a uma distância maior de 1.200 km, e a partir da capital de cada estado. “Uma vez emitida a passagem do delegado(a), quaisquer alterações após a emissão deverão ser solicitadas diretamente à companhia aérea. Os custos com eventuais diferenças de tarifas ou multas são de inteira responsabilidade do delegado(a)”, alerta o manual. O documento informa ainda que a organização não custearia traslados do aeroporto de Salvador para os hotéis nem quaisquer despesas com táxi ou ônibus durante a estadia - um táxi do aeroporto para o hotel onde ocorre o evento custa mais de R$ 80.
Diretórios nacional e estaduais do PT estão com contas no vermelho. Um dos casos mais emblemáticos é do diretório paulista, que ainda deve R$ 55 milhões da campanha de Alexandre Padilha ao Palácio dos Bandeirantes. Nesta sexta-feira, 11, o partido vai lançar no congresso uma plataforma para arrecadar doações individuais de pessoas físicas.
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