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Curitiba – A previsão de investimentos do governo federal para o Paraná no orçamento de 2006 é 13,8% maior que a de 2005. A peça orçamentária enviada pelo ministro Paulo Bernardo ao Congresso Nacional, na última terça-feira, prevê o aporte de R$ 159 milhões em recursos no estado.

No total de recursos disponibilizados para o Paraná – que, além do investimento, inclui a verba para custeio de programas e ações existentes – o repasse será 7,1% superior ao do ano passado: R$1,747 bilhão contra R$ 1,63 bilhão.

Apesar do aumento, o Paraná conta apenas com 25,4% dos recursos previstos exclusivamente para investimentos na Região Sul, que são de R$ 625,1 milhões. Esse valor não inclui os investimentos realizados pelas empresas estatais.

O orçamento federal no estado prevê investimentos de cinco grande áreas: educação, saúde, justiça, desenvolvimento social e combate à fome e transportes.

A BR 101, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, conta com as duas obras mais caras planejadas para Região Sul em 2006. A adequação da rodovia em Palhoça (SC) vai custar R$ 235,6 milhões. Na cidade de Osório (RS), a obra deve sair por R$192 milhões.

Embora o ministério não tenha divulgado os orçamentos específicos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina; tradicionalmente, os repasses do Ministério da Educação também costumam pesar para os gaúchos, que conta com quatro universidades e uma faculdade, contra uma universidade e um centro federal de ensino tecnológico paranaenses.

O asfaltamento da BR-153 entre Ventania e Alto do Amparo (região dos Campos Gerais) será a principal obra prevista para o Paraná. Custará R$ 20 milhões. "Recebemos uma comitiva de prefeitos e parlamentares no ministério que explicaram a importância da estrada para o escoamento da produção local. Era uma reivindicação antiga da região, que foi atendida."

Embora os investimentos em transportes sejam destaque, é o Ministério da Saúde que vai concentrar mais verbas no estado. Será R$ 1,431 bilhão para o custeio dos programas ligados ao Sistema Único de Saúde.

A proposta de orçamento será analisada no Congresso e receberá agora emendas individuais dos parlamentares e da bancada para então voltar ao ministério. "Vamos analisar os dois tipos de emendas para o Paraná com carinho", explica Bernardo.

Mesmo o investimento da União para o estado não está fechado ainda. Alguns ministérios, como o da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, por exemplo, primeiro recebem um valor bruto do Planejamento e aí decidem por si a distribuição dos recursos. "Essa quantia para agricultura não está definida ainda, mas pela importância agrícola do Paraná acredito que seja um valor alto."

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