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O ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse nesta segunda-feira (1.º) que a espionagem nos telefones do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prejudica a democracia do País. "Creio que isso não ajuda em nada a democracia no Brasil", afirmou Silva. "É um assunto de gravidade (o grampo), que motivou o presidente da República a marcar um encontro para tratar disso, porque envolve o presidente de um poder da República (do STF), que mostrou a sua preocupação", comentou, durante passagem por Ribeirão Preto, interior de São Paulo, onde após participou de compromissos políticos e de campanha na região.

"O próprio ministro (da Justiça) Tarso Genro já tomou medidas para apurar responsabilidades", afirmou. Silva informou que, pessoalmente, não tem qualquer receio de ser vítima de grampo, enfatizando que é necessário "estabilizar a relação entre os poderes, respeitar as várias instituições" e que "esse episódio deve servir de lição". "Tenho certeza de que no encontro do presidente Lula com o ministro Gilmar Mendes vai sair decisões duras, exemplares, para que uma prática nefasta como essa seja coibida no futuro", afirmou Silva. "A preocupação é com a democracia, pois o Brasil é um país que tem lei, tem Constituição, regras, e isso vale para todos, e todos devem respeitar essas leis", disse o ministro dos Esportes.

Silva ainda acrescentou: "Se há qualquer tipo de investigação que é feita pelos órgãos competentes, a Justiça deve ser acionada para qualquer autorização para colheita de informações". O ministro também destacou que "nada fora da norma fora da lei, fora da Justiça, deve ter abrigo". "Ao contrário, deve ser duramente combatida, duramente sancionada, porque senão vai se deixar de viver o império da lei para se viver uma espécie de estado policial, que fere de morte a democracia.

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