Ser vereador em Curitiba não é lá dos ofícios mais difíceis. Salário de R$ 15,1 mil, verba de gabinete, carro à disposição, cargos de confiança... Tem gente que praticamente dedicou a vida para cuidar das leis da cidade. Ou quase isso. Jairo Marcelino (PSD), por exemplo, foi eleito pela primeira vez em 1982. Começou a dar expediente em um dos gabinetes do histórico Palácio Rio Branco, no centro da capital, em 1983. São oito mandatos consecutivos. Auspiciosos 32 anos!
Muitos curitibanos, nascidos na cidade ou por adoção, nasceram, cresceram, estudaram, se formaram, estão mandando o filho para a escola e lá está o vereador Marcelino legislando. Há outros campeões de longevidade, como Jorge Bernardi (PDT), Aldemir Manfron (PP), Paulo Salamuni (PV) e Aílton Araújo (PSC), atual presidente da Câmara, para ficar em alguns exemplos.
Mas o tempo mudou desde que Marcelino bateu ponto pela primeira vez na Casa de Leis. Até o velho e bom cafezinho, um dos inseparáveis companheiros de nossos parlamentares nesta fria Curitiba, ficou mais incrementado. Quase gourmet, por assim dizer.
A Câmara está high-tech. Recentemente estreou um novo modo de votação eletrônica para facilitar a vida dos legisladores. Mas são os celulares, grandes e potentes, e seus aplicativos os xodós dos vereadores. Conversam, conversam, conversam... Quase sempre com dos dedos. Conversas nem sempre republicanas, como mostrou a repórter Kelli Kadanus no domingo (5).
A Gazeta do Povo acompanhou a sessão de segunda-feira (29) da Câmara Municipal, uma das últimas antes do recesso de julho. Um prato cheio para o olhar atento e a sensibilidade do repórter fotográfico Henry Milleo. Segue um ensaio com os nossos legisladores.
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