Cumprindo há 3 dias um repouso forçado por recomendação médica para tratar de problemas de circulação nas pernas, o senador Osmar Dias (PDT) suspendeu todas as conversas sobre sua pré-candidatura ao governo do estado. Vai reservar 15 dias para cuidar da saúde e deixa claro que os partidos aliados têm total autonomia para avançarem nas discussões sobre nomes e alianças. "Não quero ser acusado mais tarde de que tirei o tempo deles de buscar acordos interessantes", disse.
O senador recomenda que o próprio irmão, Alvaro Dias, fique à vontade para definir o futuro político. "Deixo todos em liberdade, inclusive o Alvaro, para tomar qualquer decisão que achar prudente. Se ele quer esperar minha decisão é uma questão dele, mas gostaria que sentisse total liberdade para decidir em conjunto com o PSDB. Não tenho direito de cercear qualquer procedimento de outros partidos", disse.
Apesar de reafirmar que é pré-candidato, Osmar voltou a lembrar que existem empecilhos para disputar o governo e um deles é a saúde. "Sempre disse que para ser candidato deveria reunir as condições necessárias, mas não poderia dizer que uma delas era a saúde. Talvez agora fique mais claro. Só vou chamar as pessoas quando puder dizer que agora dá", diz.
Por causa da flebite, ele diz que precisa de repouso absoluto, não pode viajar e é obrigado a ficar com as pernas para cima para reduzir o inchaço.
Outras condições que estariam pesando na decisão é a verticalização das alianças (empecilho praticamente contornado já que a Câmara dos Deputados derrubou a medida em primeira votação) e a possibilidade do PDT lançar candidato próprio a Presidente da República, articulação que está bem adiantada.
Como PDT e PSDB vão ter candidatos próprios, Osmar Dias avalia com dificuldade uma coligação entre os dois partidos no Paraná. "Se ambos vão disputar, de quem será o palanque no estado?", questiona. A situação, segundo ele, tem que ser discutida com calma com a direção dos dois partidos e com a base. "Meu partido cobra fidelidade partidária e só porque me interessa a aliança com o PSDB não dá para sair por aí dizendo que vou fazer campanha para o PSDB".
O senador confessa não entender porque tanta pressão para que ele anuncie oficialmente sua candidatura. "O PT e PFL não definiram com quem vão e o PSDB também não sabe se lança candidato próprio. Essa indefinição ocorre mesmo", disse, lembrando que em 1998 o irmão era candidato a governador até 30 de junho, mas acabou sendo eleito senador porque o quadro mudou em cima da hora. "Essas coisas são normais. É por isso que estou tendo cautela. Não sou irresponsável para colocar ninguém numa aventura comigo". (KC)
PCC: corrupção policial por organizações mafiosas é a ponta do iceberg de infiltração no Estado
Estado é incapaz de resolver hiato da infraestrutura no país
Quase 40 senadores são a favor do impeachment de Moraes, diz Flávio Bolsonaro
Festa de Motta reúne governo e oposição, com forró, rapadura, Eduardo Cunha e Wesley Batista
Deixe sua opinião