O senador paranaense Osmar Dias (PDT) reforçou ontem as críticas que fez à multinacional Monsanto pela "verdadeira tentativa de exploração no preço que a empresa quer cobrar dos agricultores do país a título de royalties pelo uso de suas sementes de soja transgênica".

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"Continuo acreditando, por convicção técnica, que não há nada que justifique o impedimento do plantio de sementes geneticamente modificadas e que esta deve ser uma decisão de cada produtor rural. É preciso que o agricultor tenha o direito de escolher entre plantar a variedade de soja convencional ou transgênica. Mas jamais poderei concordar com a exploração do produtor rural brasileiro", afirmou.

Segundo o senador, a Monsanto está usando a Lei de Biossegurança para cobrar 88 centavos de real por quilo de sementes. "Está na hora de a multinacional entender que ela não pode explorar os produtores brasileiros, querendo cobrar um preço abusivo, extorsivo até, pela semente resistente ao glifosato. O produtor não pode ser explorado dessa maneira", disse.

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Osmar Dias propôs que os agricultores que plantam a soja transgênica iniciem um boicote à compra de sementes da Monsanto e já encaminhou à consultoria do Senado um requerimento para verificar a possibilidade de quebra da patente das sementes transgênicas vendidas pela multinacional.

"Pretendo verificar se, a exemplo do que aconteceu com os remédios para o tratamento da aids, cuja patente foi quebrada por contrariar os interesses nacionais – já que as multinacionais do setor farmacêutico pretendiam cobrar royalties altíssimos, impraticáveis para a realidade nacional, o governo também pode adotar a mesma postura em relação à pretensão da Monsanto", defendeu.