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“Deixemos o passado para trás. É hora de pensar no futuro, em uma grande aliança entre PT, PDT e PMDB. Vamos fortalecer essa aliança. Percebemos que é possível construir uma chapa forte.” Angelo Vanhoni, deputado federal, o novo negociador do PT para tentar a aliança com o PDT | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
“Deixemos o passado para trás. É hora de pensar no futuro, em uma grande aliança entre PT, PDT e PMDB. Vamos fortalecer essa aliança. Percebemos que é possível construir uma chapa forte.” Angelo Vanhoni, deputado federal, o novo negociador do PT para tentar a aliança com o PDT| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Aproximação

PSDB paranaense faz proposta de aliança ao PP de Ricardo Barros

Folhapress

São Paulo - Antes cortejado pelo PT, o PP do Paraná agora tem em mãos uma proposta de aliança feita pelo PSDB. O presidente estadual do partido, deputado Ricardo Barros, pretende levá-la para discussão na reunião da Executiva do partido que acontece na próxima segunda-feira.

Segundo Barros, que é também vice-presidente do diretório nacional do PP, as conversas com o PT esfriaram porque o partido está intransigente quanto à formação da chapa, ao passo que o PSDB, com o apoio do pré-candidato da República, José Serra, mostra-se mais aberto à negociação.

"O Serra está sendo mais pragmático em pagar o preço [da aliança] do que o PT, que não quer conceder nada, como sempre. O PT é sempre muito bom para receber apoio, mas para dar é dificílimo’’, diz o deputado.

Apesar da formalização da proposta do PSDB para aliança no Paraná, a questão não está fechada. Passa, dentre outras coisas, pela indecisão do senador Osmar Dias (PDT-PR), assediado por petistas e tucanos. Apesar do aceno do PSDB a Dias, o ministro Carlos Lupi (PDT) já deu sinais de que não está confortável com a aliança. Lupi concorda com a candidatura de Osmar Dias ao governo, mas na cabeça de chapa, recebendo o apoio do PSDB, e não o contrário.

  • Osmar: indecisão já virou brincadeira em revista nacional.

O senador Osmar Dias (PDT) e as lideranças do PT parecem falar cada vez menos a mesma língua. Ontem, o deputado federal Angelo Vanhoni (PT) anunciou um recomeço nas tratativas entre Osmar e os petistas. Segundo o deputado, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, teria se reunido com Osmar para reabrir a negociação entre os partidos. "Deixemos o passado para trás. É hora de pensar no futuro, em uma grande aliança entre PT, PDT e PMDB", disse Vanhoni.

O petista afirmou também que iria procurar hoje o governador Orlando Pessuti e o ex-governador Roberto Requião para conversar. "Vamos fortalecer essa aliança. Percebemos que é possível construir uma chapa forte."

A versão de Vanhoni foi desmentida por Osmar. "O Dutra me ligou e disse que ia tomar café na minha casa. Ele veio e tomou café. Somos amigos. Mas foi isso. Não tem nada. Não houve nenhuma proposta nova. Nenhuma", disse o senador.

PDT e PT tentaram, por várias vezes, formular uma alian­­ça no estado, que garantiria o apoio petista para Osmar e um palanque forte para Dilma Rousseff. O acordo arquitetado pelas direções nacionais dos dois partidos emperrou em interesses locais. Osmar queria a petista Gleisi Hoffmann como vice. A mulher do ministro Paulo Bernardo, no entanto, quer disputar o Senado. Vanhoni, que teria sido escalado por Dutra como novo interlocutor do partido junto ao PDT, evitou falar em formulação de chapa. "O importante é o entendimento. Não foi discutida a natureza desses cargos. Achamos que há espaço para abrigar a todos."

Sem iniciativa

Para o senador pedetista, há uma vontade do PT nacional em fechar com sua candidatura. "Mas eles não fazem nada para consolidar isso." Informações divulgadas em blogs e sites políticos davam conta de que Va­­­nhonhi e o deputado Dr. Ro­­­sinha teriam participado do encontro junto com o ministro do Trabalho e presidente do PDT, Carlos Lupi. "Faz muito tempo que nem vejo o Vanhoni e almocei com o Lupi na quarta-feira. Me parece que esse tipo de informação surge só para me des­­gastar", contou o senador.

Ontem, em entrevista à Ga­­zeta do Povo, o senador disse que "não há indefinição" em relação a sua candidatura. Eu não estou indeciso. "Se eu tiver uma aliança estruturada politicamente para a disputa, mantenho a candidatura", disse.

Enquanto se afasta do PT, o senador tem sido cortejado pelo PSDB, cujo pré-candidato ao governo do estado é o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa. O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, ofereceu a vaga de vice para os pedetistas. Ao mesmo tempo, José Serra, pré-candidato à Presidência pelos tucanos, elogiou Osmar Dias publicamente em um programa de televisão. A reportagem da Gazeta do Povo tentou conversar com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, mas ele não atendeu aos telefonemas. O deputado estadual Augustinho Zucchi, presidente do PDT no Paraná, disse desconhecer qualquer conversa entre o senador e os petistas. "Se houve não fiquei sabendo."

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