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O senador Osmar Dias, pré-candidato a governador pelo PDT, afirmou ontem que o partido terá autonomia para fazer alianças com quem quiser no Paraná nas eleições de 2006. A decisão do Conselho Político Nacional do PDT, segundo ele, é priorizar as candidaturas a governador nos estados e eleger o maior número possível de deputados. O senador deixou claro que, se depender do partido, não haverá impedimento nenhum na formação de uma frente de oposição ao governo do estado.

A declaração de Osmar Dias, que também é presidente estadual do PDT, foi uma resposta à polêmica levantada durante a semana pelo vice-presidente estadual do PSDB e presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão.

O tucano avaliou que o PDT e o PSDB poderiam enfrentar dificuldades para fechar uma coligação no Paraná se não for derrubada no Congresso Nacional a verticalização, onde os estados são obrigados a repetir as alianças nacionais. Os dois partidos estão trabalhando desde 2003 para firmar uma aliança no estado para as eleições de 2006.

Osmar Dias retornou ontem da Espanha, onde estava participando de uma conferência mundial representando o Senado, e foi enfático em reafirmar o projeto de candidatura própria do partido.

O PDT, segundo ele, é homogêneo e já escolheu o caminho a seguir em 2006, mas como pré-candidato não pretende interferir nem participar das conversas internas sobre coligações dos partidos aliados porque não tem esse direito. "Estou num partido que definiu pela aliança e pela candidatura própria, mas não vou implorar para que nenhum partido faça aliança com o PDT", afirmou.

O senador garante que o projeto político do partido está sendo costurado sem alarde e rechaça as especulações de que ele poderia recuar na candidatura diante das pesquisas de opinião pública que mostram a liderança do governador na sucessão de 2006. "Estou como sempre fui, nunca fui de estardalhaço. As pessoas acham que temos que fazer malabarismos na televisão, mas sou de trabalhar e de observar a cena. É claro que o Requião, como governador, tem muito mais espaço do que qualquer outro pré-candidato e eu não estou preocupado com os comentários maldosos de que eu estaria repensando a candidatura em função da situação boa ou ruim do governo dele", disse.

Para Osmar Dias, a turbulência na política brasileira nem é favorável para qualquer tipo de conversa sobre eleição. Antes de discutir alianças, o senador defende que sejam debatidas soluções para problemas urgentes do país, como a quebradeira no setor rural e o desemprego. "Eu até fui mal interpretado por não participar mais ativamente das CPIs, mas meu trabalho neste ano foi apresentar propostas para a crise", afirmou.

As decisões sobre nomes e alianças, segundo ele, devem aguardar o ano eleitoral. "Temos que saber interpretar a vontade da população, que vai definir se quer ou não continuar com o mesmo modelo de governo no Paraná. Não é só fazer pesquisa e achar que diz tudo", argumentou.

A Executiva Nacional do PDT está estimulando as candidaturas próprias a governador nos estados e descarta as chances de lançar cabeça de chapa na disputa pela Presidência da República. Segundo Osmar Dias, não há a menor pretensão do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que deixou o PT e se filiou recentemente no partido, de concorrer como candidato a presidente da República nas eleições do ano que vem.

O ex-governador do Distrito Federal teria inclusive se colocado a disposição do partido para elaborar um projeto na área de educação para o plano de governo do PDT no Paraná, tendo como base o ensino integral.

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