O senador Osmar Dias (PDT) garantiu ontem que jamais deixaria o Senado para ser candidato a vice-governador de ninguém. A declaração foi uma resposta às especulações que surgiram no meio político sobre uma suposta aliança com o PMDB depois de um encontro com o governador Roberto Requião (PMDB) no domingo. Osmar recebeu Requião e seu irmão, o secretário de Educação, Maurício Requião (PMDB), em sua chácara, em Quatro Barras.
Osmar Dias explicou que sempre teve um relacionamento "de amizade e respeito" com Requião e afirmou que são adversários políticos, não inimigos. " Quando fiquei doente, ele foi na minha casa e a imprensa não divulgou porque não ficou sabendo. É a segunda visita que Requião me faz em um mês. Nunca deixei de conversar com ele."
O senador contou que ele e o governador conversaram sobre a situação do estado, o Porto de Paranaguá, o pedágio e as eleições. Osmar negou, no entanto, qualquer hipótese de uma negociação secreta em torno de uma aliança com o PMDB. "Posso afirmar com toda convicção que nunca vou trair ninguém, minhas conversas são públicas, não pedi para ele ir escondido na minha casa. Como deixaria o Senado para ser vice de alguém? Fiz quase 2,8 milhões de votos e isso não tem nem cabimento. Se eu deixar meu mandato será para ser governador", assegurou.
Na Assembléia Legislativa, o encontro provocou todo tipo de interpretação. "O governador teve uma recaída, viu que vai perder a eleição e resolveu tentar convencer o Osmar a desistir de ser candidato", disse o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni.
Segundo o vice-presidente estadual do PDT, deputado Augustinho Zucchi, o encontro não muda a determinação do senador em disputar a eleição. O líder do PDT, Luiz Carlos Martins, disse que vai sugerir a Osmar que nos próximos encontros políticos leve testemunhas para que não vazem informações distorcidas. "O Requião quer escolher seu adversário. É um grande sedutor, mas não vai conseguir seduzir o Osmar."
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