Depois de quase três anos praticamente sem dar declarações políticas, o ex-senador e atual vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias (PDT), reapareceu ontem em público com um discurso em tom de campanha. Durante o lançamento do Plano Safra em Toledo, no Oeste do Paraná, Osmar não poupou críticas ao governador Beto Richa (PSDB), contra quem disputou (e perdeu) a eleição para o Palácio Iguaçu em 2010.

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"Permaneci três anos calado, mas agora vou abrir a cartilha e falar", disse Osmar. A "cartilha" foi um conjunto de frases contra Richa. Osmar lembrou que seu último ato como senador foi livrar o Paraná da inadimplência com a União e reduzir em R$ 1 bilhão a dívida que o estado tinha por causa do processo de privatização do Banestado. Segundo ele, somente esse ato teve um impacto maior para o Paraná do que a maioria das ações do atual governo.

Osmar ainda cobrou promessas da campanha de Richa que não teriam sido cumpridas. E criticou o uso que o governador faz do helicóptero oficial.

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Nos bastidores, Osmar voltou a ser cotado para ser o principal nome da oposição na disputa de 2014 contra Richa pelo governo do estado. Essa especulação surgiu após a onda de insatisfação que derrubou a popularidade da presidente Dilma Rousseff. Como Dilma é a principal cabo eleitoral da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a imagem da paranaense, até agora considerada a principal adversária de Richa em 2014, também poderia ter sido afetada negativamente.

Gleisi esteve ontem na mesma solenidade em que Osmar fez críticas ao governador. Mas ela preferiu não falar sobre política.