O candidato a governador do Paraná pelo PDT, Osmar Dias, fez questão de mostrar sua proximidade com o agronegócio no encontro com cerca de 500 produtores e líderes do setor promovido pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep) na tarde desta segunda-feira (19) em Curitiba.
"Tenho longa história de parceria com esse segmento. Sou produtor rural. Tenho 3,5 mil sacas de trigo na Coamo (Cooperativa Agroindustrial) que não consigo vender por causa dos preços baixos". Ele disse ainda ser a "única oportunidade" de o setor eleger um "produtor rural e agrônomo". Ele é formado em agronomia pels Fundação Faculdade de Agronomia Luiz Meneghel, de Bandeirantes, Norte do Paraná.
Com essa fala, o pedetista buscou se diferenciar do candidato do PSDB, Beto Richa, que falou aos produtores pela manhã, também a convite da Faep. Estrategicamente, Beto acentuou sua posição de defesa da propriedade privada, colocando em evidência a proximidade de Osmar com o PT e o PMDB. Na avaliação dos produtores, esses partidos estão mais próximos de organizações como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e podem ser menos rigorosos no combate às invasões de áreas produtivas.
À tarde, Osmar Dias negou qualquer apoio a invasões e garantiu que vai cumprir decisões de reintegração de posse emitidas pela Justiça. Ele argumentou que isso está previsto na Constituição e que inclusive a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, se comprometeu a combater as invasões de terra.
Os votos do setor rural serão decisivos nesta campanha, segundo Osmar. "Se Curitiba tem 18% dos votos, a agricultura tem 20%", comparou. Ele defendeu que para atender às necessidades do agronegócio é preciso entender profundamente o setor. Garantiu que, se eleito, bastará "um telefonema, uma frase" para que alguma reivindicação da Faep seja compreendida.
Como Beto Richa, Osmar Dias disse que apoia integralmente o plano diretor do agronegócio proposto pela Faep, que tem dois projetos principais: a criação de uma agência de desenvolvimento e a transformação do Departamento de Fiscalização (Defis) num instituto de defesa sanitária animal e vegetal. Porém, fez uma ressalva. Disse que se apropriou da proposta da agência de desenvolvimento para um projeto maior, que atenda a todos os setores econômicos do Paraná. O agronegócio seria um departamento dentro dessa agência, de acordo com Osmar Dias.
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