Brasília - Sondado pelo Palácio do Planalto para assumir a liderança do governo no Congresso Nacional, o senador Osmar Dias (PDT) tenta dissociar a escolha para o cargo de uma possível aliança com o PT nas eleições para governador em 2010. Ele ainda espera pela confirmação do convite e afirma que só irá aceitá-lo se isso significar uma "missão" e não um "acordo político".
"Meu plano é trabalhar com uma tarefa bem clara. Não quero um cargo político, quero uma missão como ajudar na elaboração do orçamento, o que será muito importante em tempos de crise."
A liderança é ocupada atualmente pela senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que se licenciará para operar um aneurisma cerebral em março. Apesar da aparente intimidade com o Poder Executivo, o líder do governo no Congresso tem poucas tarefas de negociação parlamentar.
O poder de falar em nome do presidente da República fica quase o tempo todo nas mãos do líder do governo no Senado hoje essa é a função de Romero Jucá (PMDB-RR). Osmar, no entanto, diz acreditar que pode influir em causas paranaenses caso seja realmente nomeado, como na suspensão da multa mensal de R$ 4,5 milhões aplicada pela União ao Paraná, decorrente do descumprimento do acordo de saneamento e venda do Banestado.
Por outro lado, o senador negou que assumir o cargo signifique uma aliança sem volta com os petistas. Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo no dia 8 de fevereiro, o presidente Lula citou o senador como um dos nomes da base aliada para suceder Roberto Requião (PMDB).
Na segunda-feira, Osmar reuniu-se com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). "Conversamos principalmente sobre como estão as alianças para 2010 no Paraná."
O senador manteve a posição de que será candidato mesmo sem o apoio dos tucanos. Segundo ele, o momento é de conversas com todos os partidos. "Não tenho nenhuma restrição partidária, todos que quiserem discutir o futuro do estado são bem-vindos." Osmar afirmou que cobra apenas "clareza" dos aliados, em tom de crítica à possível candidatura de Beto Richa (PSDB).
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