O PDT do Paraná não aceita analisar nenhuma outra alternativa para as eleições de outubro que não seja a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do estado. A decisão foi anunciada ontem pelo presidente em exercício do partido, Augustinho Zucchi, logo após uma reunião na casa do senador. "Ele continua como pré-candidato exatamente na mesma situação que estava", garantiu Zucchi.
Osmar retornou ontem a Curitiba, depois de ser submetido a uma cirurgia vascular nas pernas, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, na semana passada. Apesar de fortes dores, o senador garante estar se recuperando rapidamente e na próxima semana retorna a São Paulo para uma nova avaliação médica.
Mesmo durante o repouso, Osmar mantém as costuras políticas. No início da noite de ontem, estava prevista uma conversa por telefone com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati. O tucano já havia procurado Osmar pela manhã, mas não conseguiu falar com o senador.
Osmar Dias, no entanto, não vai anunciar oficialmente nenhuma definição sobre candidatura a Jereissati ou aos partidos aliados PSDB, PFL, PP e PSB que aguardam uma resposta oficial. "Não tem resposta, aí tem a questão nacional e local porque não sabemos com quem vamos poder coligar. Só sei que o Osmar continua com o mesmo projeto e vai ter sua definição após receber alta médica", explicou Augustinho Zucchi.
O PDT decidiu manter silêncio estratégico sobre as articulações dos partidos que estão lançando outros nomes para a disputa ao governo. Caso o senador não concorra ao governo, "o plano B" do grupo é o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB). O PFL oferece o ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi e o PP oscila entre o casal Cida Borghetti (deputada estadual) e Ricardo Barros (deputado federal).
Para Zucchi, cada partido tem o direito de lançar pré-candidatos ao governo, mas não cabe ao PDT analisar as alternativas porque o projeto é lançar Osmar Dias. "Só podemos respeitar", ponderou.
O PDT decidiu participar da reunião conjunta da frente de oposição na segunda-feira, às 10 horas, na sede do PSDB, mas não deve assumir nenhum compromisso. "Não vamos tomar nenhuma posição, nem participar de nada formal envolvendo uma aliança porque dependemos do quadro nacional para qualquer definição. O partido vai anunciar uma decisão quando o Osmar se restabelecer", adiantou Augustinho Zucchi.
Para o presidente em exercício, o PSDB e o PFL, que já têm uma coligação nacional mais ou menos acertada e o PP, que não tem candidato a presidente, podem até adiantar um acordo no Paraná, mas o PDT depende da definição da cúpula do partido sobre a candidatura própria a presidência da República. A convenção nacional do PDT está marcada para o dia 19. No Paraná, a definição só deve ocorrer no último dia de prazo para a oficialização das candidaturas, em 30 de junho.
A presença dos pedetistas na coligação, no entanto, é esperada pelo presidente do PSDB do Paraná, Valdir Rossoni. O encontro de segunda-feira servirá para "fechar a aliança" entre os partidos, com a assinatura inclusive de um documento sobre a coligação na proporcional. "Estamos dando como certa a participação do PDT. Esperamos a resposta do senador, mas se ele não puder ser o candidato, com certeza estará na nossa aliança", diz o tucano.
Na reunião, será definido um chapão com candidatos a deputado federal e estadual dos quatro partidos. "Até candidato a vice já temos", afirma Rossoni. O nome, no entanto, é mantido em segredo. Será marcada também uma convenção conjunta entre as legendas.
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