Resumo: Interceptação entre Lula e Vagner Freitas de Moraes, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Vagner diz que está sendo pressionado por membros da central. Lula responde que também está preocupado, e alerta para o excesso de críticas que o PT estaria fazendo contra o governo Dilma.
Resumo: Ligação de Vagner Freitas de Moraes para Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente. Teixeira pede que Moraes peça para Lula entrar imediatamente em contato com o Ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. O Ministro deveria falar para Lula que o nome do assunto é “Rosa Weber”.
Resumo: Moraes liga para Roberto Teixeira e passa o telefone para Lula. Roberto fala para Lula que o processo caiu com Rosa Weber, e que o baianinho (Jaques Wagner) está indo embora para Salvador. Roberto diz que Jaques é o caminho para falar com “ela” (não fica claro se falam de Dilma ou de Rosa Weber). Em seguida discutem viagens a Brasília e ao Rio.
Resumo: Lula pergunta se Jaques Wagner pode conversar. Diz que gostaria de falar com ele. Lula pergunta se Wagner vai embora naquele dia, sendo informado que sim. Em seguida, o ex-presidente avisa que precisa conversar pessoalmente. A ligação é interrompida.
Resumo: Lula continua a ligação anterior (80582001), pedindo que Jaques Wagner o encontre pessoalmente. O ministro diz que não será possível. Lula afirma que precisa falar com “uma pessoa” em Brasília. Wagner pergunta: “é ela? Aquilo que você falou?”. E completa dizendo que “se der para você, ela marcou segunda de noite”. Lula pede para Wagner falar com Cristiano, seu advogado, alegando urgência.
Resumo: Lula diz para Roberto Teixeira que não poderá encontrar Jaques Wagner. Lula diz que não sabe se o ministro poderá ir para Brasília, e Lula afirma ter falado com Cristiano. Cristiano diz que vai ligar para Wagner. Teixeira diz que Cristiano está indo para Brasília e Lula grita dizendo que quer uma ligação de Cristiano.
Resumo: Roberto Teixeira diz para Vagner Freitas de Moraes que o Cristiano está tentando ligar insistentemente naquele número e não está conseguindo falar com “aquela pessoa” (Jaques Wagner). Moraes diz que ligará lá.
Resumo: diálogo entre Valmir Moraes da Silva, Roberto Teixeira e Lula. No referido, Moraes avisa para Teixeira que “a pessoa” (Jaques Wagner) já falou com Cristiano. Em seguida, Lula pergunta novamente para Teixeira se Cristiano já conversou com Wagner : “O nosso amigo já falou com o nosso amigo? ”. Roberto responde que já está tudo encaminhado.
Resumo: Lula pressiona o ex-ministro Paulo Tarso Vannuchi para que consiga providenciar acesso de Lula a um homem não identificado que possivelmente está hospitalizado. Ambos conversam sobre a impossibilidade de conversarem com ele, e que uma pessoa identificada como “genro” tem acesso. Paulo informa que “genro” informou que o homem não tem condições de falar. Não fica evidente se utilizam a denominação “genro” para falar de parentesco ou se de nome próprio. Na sequência do diálogo, Lula diz que “Aragão” deveria cumprir um papel de homem. Há indícios de que Lula esteja se referindo ao Ministro da Justiça e Subprocurador Geral da República Eugênio de Aragão. Em seguida, Lula avisa que vai solicitar à senadora Maria De Fátima Bezerra e à deputada federal Maria Do Rosário Nunes auxiliem-no junto às tratativas relacionadas ao Procurador Da República Douglas Kirchner, sobre uma suposta agressão.
Resumo: Lula informa o senador Lindberg Farias que o deputado federal Wadih Damous obteve acesso à história do “promotor de rondônia”. Segundo a PF, possivelmente referindo-se ao procurador da república Dougles Kirchner. O ex-presidente comenta sobre a estratégia mencionada na ligação interceptada identificado como 80597207: “diz que a mulherada tem que ir para cima dele”. Em seguida, Lula orienta que Lindberg: “Terça-feira tem que “trucar” o Janot (possivelmente Rodrigo Janot , procurador-geral da República) e triturar”.
Resumo: Jaques Wagner diz que “ela” já tinha marcado uma reunião com os senadores e não queriam desmarcar por causa de um projeto sobre a Petrobras no Congresso. Wagner pergunta se Lula poderia ir no dia seguinte à ligação, no horário de almoço. Os dois comentam as repercussões sobre as diferenças de posição do PT e do governo. Também discutem o projeto que mudava o esquema de partilha do pré-sal.
Resumo: Lula liga para Jaques Wagner para explicar porque não iria até Brasília. O motivo: a saída do ministro da Justiça José Eduardo Cardoso. Wagner concorda. O ex-presidente diz que a CUT precisa ser tratada com um pouco de mais carinho.
Resumo: Lula e o ministro Edinho Silva tratam sobre um encontro entre os dois. E discutem sobre esportes. O técnico da Ferroviária é elogiado. Falam de negócios entre a Vilaris e a Inepar, empresa do Paraná. Citam os empresários Atilano e Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético Paranaense. Lula muda de assunto. Fala sobre as criticas que Edinho estava recendo da imprensa. O ministro fala que marcou encontro com Jaques Wagner para discutir uma estratégia de defesa.
Resumo: Conversa do ex-presidente com uma mulher identificada como “Manuela”. Segundo a PF, seria Valmir Moraes da Silva. O senador Lindberg Farias também participa. Ao senador, Lula discute declarações dados por delegados da Polícia Federal e dos procuradores federais da lava Jato. “Sabe o que acontece? O problema é que nós temos que fazer nos “respeitar”! Um delegado não pode desrespeitar um político, um senador ou um deputado”. Em outro momento, Lula ironiza: “Eu estou falando nesse telefone porque quero ver se a Polícia Federal está gravando... (risadas) Quero ver se está grampeado! ”. Ainda na mesma ligação, discutem a delação premiada da Construtora Andrade Gutierrez.
Resumo: Jaques Wagner avisa Lula que “toda a executiva da CUT está em São Bernardo de prontidão”.
Resumo: Lula relata à Dilma como se procederam as buscas e apreensões em sua residência e de seus filhos, bem como o depoimento que o mesmo prestou à equipe de Policiais Federais na data de 04/03. Em determinado momento, Lula queixa-se à Dilma: “Como é que pode um delegado da Polícia Federal dar uma declaração contra a mudança de Ministro?”. A Presidente responde que também nunca viu isso. Na sequência, Lula comenta que acredita que a deflagração da Operação Aletheia, ocorrida naquele dia, teve o objetivo de “antecipar o pedido” junto ao STF: “Eu acho que eles quiseram antecipar o pedido nosso que tá na Suprema Corte, que tá na mão da Rosa Weber”.
Resumo: Edson Antonio Moura Pinto informa Valmir Moraes da Silva que conversou com o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, sobre boatos de que os ministros do STF estariam reunidos em Brasília. Segundo o relato, Marinho tentou falar com os ministros para verificar se Lula seria alvo de algum procedimento no dia seguinte, mas não obteve sucesso.
Resumo: Lula conversa com o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes sobre a delação de senador Delcídio Amaral, que descreveu a negociação para a retirada do nome de Fabio Luis Lula da Silva do relatório final da CPMI dos Correios. O prefeito também fala sobre o sítio de Atibaia: “Agora, da próxima vez o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre comprando “esse barco de merda”, “sitiozinho vagabundo”, puta que me pariu! ”.
Resumo: Lula pede que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, acompanhe os trabalhos da Receita federal contra o Instituto Lula. “É preciso acompanhar o que a Receita tá fazendo”, pede.
Resumo: Lula pergunta se o ex-deputado Sigmaringa Seixas tem contato com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Lula fala sobre ter pedido dinheiro a empresas, como a OAS, para guardar presentes recebidos durante seu mandato. “O favelado não pode me dar dinheiro pra guardar aquilo. Os Sindicatos não podem dar. Quem pode me dar “é” os empresários. Eles estão criminalizando os empresários. A Dilma devia fazer uma Medida Provisória me dando dinheiro...”
Resumo: Lula comenta a Seixas que Janot recusou pedidos de investigação contra o senador Aécio Neves. “Ele recusou “quatro pedido” de investigação ao Aécio e aceitou a primeira de um bandido do Acre contra mim”. E completa: “Essa é a gratidão...Essa é a gratidão dele por ele ser Procurador”.
Resumo: Lula e Gilberto Carvalho falam sobre o “amigo deles, aquele interlocutor mais privilegiado”: “Tá. Deixa eu falar só uma coisa. Aquele nosso amigo, aquele meu interlocutor mais privilegiado não tá em Brasília, tá?”.
Resumo: Um homem identificado como Roberto Carvalho insiste para que Lula assume um ministério. “Agora, você tem uma coisa na tua mão porra: você, o PT, a Dilma”. “Vai ter porrada? Vão criticar? E daí?”. Lula confirma que recebeu o convite da presidente.
Resumo: O ex-ministro Gilberto Carvalho fala sobre o convite de Dilma para que Lula assuma um ministério. Lula diz estar em dúvida.
Resumo: Lula avisa sua filha Lurian Cordeiro Lula da Silva que irá se encontrar com José Mucio Monteiro Filho, ministro do Tribunal de Contas da União.
Resumo: Lula comenta com Roberto Teixeira que um encontro com “Zé Múcio” no Instituto Lula antes do evento no qual participará o ministro Nelson Barbosa.
Resumo: O ex-presidente discute com Marco Aurélio, funcionário do Instituto Lula, sobre a agenda do evento que participará o ministro Nelson Barbosa.
Resumo: Lula conversa sobre a crise política com Vagner Freitas de Moraes. “E a pessoa lá tem muita pressa, muita pressa.... Muita pressa, muita pressa, muita pressa... Tá assim uma coisa de desespero...”. Eles também falam sobre o convite para Lula ser ministro.
Resumo: Diálogo entre um homem identificado como “Ricardo” e uma mulher identificada como “Gabi”. Tratam sobre a chegada de um convidado a um hotel. A PF diz acreditar ser o ministro do TCU, José Múcio Monteiro Filho.
Resumo: Valmir Moraes da silva orienta o ministro do TCU e entrar pela rua “Tutoia”. Para a PF, seria um acesso para a o Hotel Pestana.
Resumo: Lula e o governador do Piauí, Wellington Barroso de Araújo Dias. O governador tentar convencer Lula a aceitar o ministério. “Acho que vale a pena viu, presidente!?”. Lula responde que a conversa que teve com Dilma não foi fácil e que nunca entraria no governo para se proteger: “Não é uma tarefa fácil. Eu jamais irei pro governo pra me proteger”.
Resumo: Lula diz estrar lutando como um leão. Vagner Freitas de Moraes, que está em Atibaia, responde que “cabra como ele não morre”. Os dois marcam um encontro.
Resumo: Lula comenta com Moraes a conversa que teria tido com a presidente Dilma. “E a conversa que eu tive com ela foi muito, muito, muito, muito, muito importante para a minha consciência, para os meus companheiros...”. E acrescenta que ele, Lula, seria a [única pessoa que poderia “incendiar” o País. Mas completa: eu não quero fazer como “Nero”, sabe? Não quero! Sou um homem de paz, tenho família...”
Resumo: “Gabi avisa a Moraes que o “ministro Múcio” iria chegar em instantes. E pede para que fosse providenciada uma entrada discreta.
Resumo: O ministro Jaques Wagner repercute com Rui Falcão, presidente do PT, sobre o pedido de prisão de Lula. Chama o promotor Conserino de louco. Classificam como ruim a atuação do ministro da Justiça. Eles discutem detalhes da nomeação de Lula para um ministério.
Resumo: Um homem não identificado pede a Moraes informações sobre o pedido de prisão do ex-presidente Lula: “E eu tô com medo da turma fazer besteira se não tiver informação que tranquilize”, diz.
Resumo: Lula conversa com o deputado federal José Guimarães sobre o convite para aceitar um ministério.
Resumo: Lula diz ao irmão Vavá que há previsão de manifestações em frente à sua residência. Mas esclarece: “Domingo, domingo eu vou ficar um pouco escondido, porque, porque vai ter um monte de peão na porta de casa pra bater nos coxinha. Se os coxinhas aparecer, vão levar tanta porrada que eles nem sabem o que vai acontecer”.
Resumo: Lula pergunta a Jaques Wagner se Dilma estará em Brasília no dia seguinte à conversa. Wagner confirma. E Lula sugere uma reunião somente com Dilma durante 30 minutos.
Resumo: Lula promete um encontro com Gilberto Carvalho. Os dois comentam a nomeação de Eugênio Aragão no ministério da Justiça.