A declaração do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de que falta empenho ao governo do Paraná para estimular o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado exaltou os ânimos do governador Roberto Requião (PMDB). Ontem, por meio do Twitter, Requião afirmou que o ministro precisa trabalhar mais e fazer algo pelo Paraná. O governador ainda convidou Bernardo para discutir o PAC durante a próxima reunião da Escola de Governo.

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Reportagem publicada pela Gazeta do Povo no último domingo mostrou que o Paraná deixará de receber R$ 1,3 bilhão em investimentos em relação ao previsto quando o PAC foi lançado, em 2007. Das 20 principais obras previstas para o estado, apenas três foram concluídas. Sete estão empacadas e dez, em andamento. "Muitas pessoas me perguntam por que há menos obras do PAC no Paraná do que em outros estados. É porque há governadores que brigam e vêm aqui para Brasília discutir com os ministros e com o presidente, para obter investimentos em infraestrutura. O Paraná não tem dado tanta ênfase nesse aspecto", declarou Bernardo, ao ser questionado sobre o assunto.

Irritado com o posicionamento do ministro, Requião escreveu: "Convido o Paulo Bernardo para discutir comigo o PAC na Escola de Governo. TV aberta, ao vivo e a cores. Pilantragem com o Paraná não". Segundo o governador, Bernardo teria confessado que o Paraná é discriminado no PAC, porque o governo do estado não se ajoelha diante de ministro. "Ou não encha mais o saco. Vai trabalhar. Faça algo pelo Paraná", concluiu Requião.

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Troca de gentilezas

Procurado por telefone ontem, Paulo Bernardo não foi encontrado para comentar o assunto. O ministro, porém, respondeu ao governador também por meio do Twitter. "Caro governador Requião, sugiro suspender a troca de gentilezas. Preciso saber como podemos ajudar no socorro às vítimas das chuvaradas no Pa­­raná", escreveu.