Briga
Aumento gera discussão entre esposas de policiais
O porcentual de reajuste definido para os praças provocou discussão entre as mulheres de policiais militares que acompanharam a votação do projeto. A ala que discorda do índice reclamou que não pôde se manifestar porque houve retaliação do grupo favorável ao projeto. Vera Rubbo disse que veio de Londrina para conversar com os deputados sobre as mudanças que poderiam ser feitas no projeto, mas criticou o tratamento recebido. "Fomos barradas no plenário por capitães. Parece que existe uma guerra entre oficiais e praças", criticou.
A praça e mulher de soldado, Alexandra Dudcushi, que integrava o grupo que vestia camisetas pró-reajuste, rebateu as declarações. "Não teve retaliação nenhuma. O aumento para os oficiais é merecido, a gente ganha menos, mas é o que o governo pode oferecer", argumentou.
Para o comandante da PM, coronel Rodrigo Carsten, não há distorção entre os salários dos oficiais tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel e dos praças cabos, sargentos, soldados e subtenentes. "Um policial recebia há sete anos R$ 750,00. Agora, o soldado vai ter 23% de aumento real. O salário vai para R$ 2.289,00, fora as gratificações", disse. (KC)
Os deputados estaduais aprovaram ontem, por unanimidade, o pacotão de reajuste salarial do funcionalismo público. A sessão teve muito discurso, mas poucas mudanças nos três projetos enviados pelo Executivo. Das oito emendas apresentadas, apenas três foram acatadas, mas não tratam de porcentuais de aumento e não provocam grandes alterações na proposta original. Assim, o funcionalismo receberá 5% de reajuste; os policiais civis terão entre 22% e 77% de aumento; e os policiais militares, de 23% a 50%, como propôs o governo originalmente.
O aumento de 5% para os 252,5 mil servidores, entre pessoal da ativa, aposentados e pensionistas, será concedido em maio. O impacto na folha de pagamento dos projetos será de R$ 67,7 milhões mensais. Atualmente, os gastos do governo estadual com pessoal são de R$ 680 milhões.
As únicas mudanças aprovadas foram no projeto de reajuste à polícia militar. As propostas criam normas na composição dos representantes da Associação da Vila Militar, regulamentam as mensalidades das associações e clubes e transforma os valores previstos no escalonamento vertical da PM, de reais em porcentuais.
Os governistas rejeitaram as emendas dos deputados fixando datas para implantação dos reajustes dos policiais militares. A previsão do governo é implantar as duas últimas etapas da reestruturação dos cargos (das quatro previstas) até o fim do ano, se houver disponibilidade financeira.
Em abril, começa a implementação da nova tabela para os 17 mil policiais militares, que terão índices diferenciados. Na primeira etapa, três gratificações especial, de cursos efetuados e de risco de vida serão incorporadas ao soldo.
Segundo o comandante do Policiamento da Capital, coronel Rodrigo Carstens, um soldado em início de carreira terá em torno de 23% de aumento até o fim das quatro etapas de reestruturação dos cargos. Em maio, a categoria vai receber os 5% que será concedido a todo o funcionalismo do estado, o qual incidirá sobre o novo "soldão".
Valores
Pela tabela aprovada pelos deputados, o salário de um soldado vai passar de R$ 1.873,74 para R$ 2.289,57 fora as gratificações por tempo de serviço e de escolaridade (R$ 275,00). Já um coronel, ao fim da quarta e última etapa, irá receber um soldo de R$ 11.655,00.
O projeto de reajuste da Polícia Civil foi aprovado sem nenhuma alteração. As carreiras de escrivães, investigadores e papiloscopistas ativos, aposentados e pensionistas vão receber sobre o vencimento base a gratificação por tempo integral de 120%, adicional de 13% a 46% por nível de escolaridade e a contagem do tempo de serviço de cada um. Somando tudo, os salários terão aumentos de 22% a 77%.
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