Líder do PMDB na Câmara diz que as medidas propostas são repetitivas.| Foto: Luiz Alves/Câmara Federal

Líder do PMDB na Câmara, o deputado Leonardo Picciani (RJ), disse nesta quinta-feira, 19, que o pacote anticorrupção apresentado ontem pela presidente Dilma Rousseff não será a prioridade da bancada, que é a maior da Casa. “A prioridade total do PMDB neste momento é votar o ajuste econômico, debater e chegar a uma conclusão de qual é a medida, a régua necessária para o ajuste”, afirmou o peemedebista.

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O líder argumenta que já existem leis que punem a corrupção e não se arrisca a prever um prazo para que sejam votadas as medidas enviadas pelo Palácio do Planalto como resposta às manifestações do dia 15 de março. “A vida não para a fim de que se investigue a corrupção. Ela tem de ser investigada no dia a dia. Acho que nós já temos leis anticorrupção no país, tanto é que já temos pessoas sendo punidas, respondendo a processo e presas por corrupção”, pontuou o peemedebista, que participou na manhã desta quinta-feira de uma reunião com os deputados da sigla.

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Questionado sobre a agenda prioritária do partido na Câmara, ele afirmou que pretende colocar em votação na terça-feira a PEC que reduz o número de 39 para 25 o número de ministérios. “É um exagero ter 39 ministérios. Cortar seria uma demonstração clara e inequívoca do compromisso do governo”, afirmou.

Para Picciani, o pacote deveria ter sido discutido “previamente” com os partidos da coalizão governista, da qual o PMDB faz parte, antes de ser enviado ao Congresso. “Podia chegar um texto mais redondo. Como isso não foi feito, essa discussão se dará a partir de agora. Isso requer tempo e paciência”. Dos cinco pontos do pacote apresentado ontem, o único que pode trancar a pauta é o projeto que exige ficha limpa para servidores públicos, que chegou com pedido de urgência.