O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha responsabilizou o governo de São Paulo pela crise hídrica no Estado. Segundo Padilha, obras não realizadas nos últimos dez anos resultaram na situação atual. Lembrou que Geraldo Alckmin (PSDB) já era governador em 2004 e que assumiu a responsabilidade de realizar um conjunto de obras do plano diretor da Sabesp e desde essa época nada saiu do papel. "O sistema Cantareira é um reservatório de mais de 900 bilhões de metros cúbicos de água. Isso não seca da noite para o dia", disse.
Com as chuvas desde a última quinta-feira, 22, o nível de armazenamento do Sistema Cantareira ficou estável de sexta-feira 23, para este sábado, 24, em 25,7%, segundo dados da Sabesp. Há um ano, o mesmo indicador, conforme a companhia, estava em 59 5%. Embora esteja bem menor, o nível de armazenamento aumentou nos últimos dias após a Sabesp passar a utilizar de maneira inédita o "volume morto" dos reservatórios.
Greve
A semana marcada por greves de motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista e em 10 cidades da região metropolitana revelou um problema agudo e crônico no Estado, na avaliação do ex-ministro Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. Em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, durante o seminário de educação da caravana Horizonte Paulista, em São Paulo, Padilha disse ser necessário o apoio do governo estadual aos municípios na gestão do transporte público na região metropolitana. Ele criticou o governo do Estado por "jogar a culpa para o prefeito da capital" e também a possibilidade de ter existido algum tipo de orientação para que a polícia não agisse.
De acordo com o ex-ministro da Saúde, das 11 cidades atingidas somente quatro são governadas pelo PT. As demais são administradas por outros partidos, inclusive os da base do governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Por que (ele) tentou jogar a culpa em cima do prefeito Fernando Haddad", questionou Padilha.
Como proposta de integração entre os governos para solucionar a questão do transporte, Padilha citou projeto seu de criar um bilhete único integrado para a região metropolitana de São Paulo. "O bilhete vai unificar e baratear o custo do transporte que existe entre metrô e CPTM e toda a estrutura da MTU, que hoje não está integrada, que é de responsabilidade do governo do Estado", explicou.
O pré-candidato do PT ao governo do SP acrescentou, ainda, a necessidade de o metrô ser de fato "metropolitano". A grande prioridade da sua gestão, caso seja eleito, será, segundo ele, fazer com que o metrô ultrapasse os limites da cidade de São Paulo e chegue até Guarulhos, Taboão da Serra e ABC.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast