O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou nesta segunda-feira (10) as denúncias envolvendo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. Ele é acusado de suposto envolvimento com o chefe da máfia chinesa em São Paulo, Paulo Li. Para ele, o caso não compromete as instituições. "Pelo contrário. Só fortalece o fato de as instituições estarem funcionando e o direito das pessoas em se defender", disse.
Em rápida entrevista, após reunião da coordenação política, Padilha repetiu quatro vezes que Tuma Júnior tem o direito a se defender. Para o ministro, o fato de as denúncias virem à tona mostra o pleno funcionamento das instituições do governo como a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União. Questionado se então, o caso não era sério, respondeu: "Lógico que é considerado caso sério. Mas as instituições estão funcionando para darem conta de casos sérios. Não só instituições, mas o direito à defesa das pessoas".
Sobre o fato de a Comissão de Ética Pública da Presidência da República ter aberto procedimento preliminar de apuração sobre Tuma Júnior, Padilha afirmou: "É normal a Comissão de Ética pedir informações e explicações para qualquer servidor".
O ministro ressalvou que o assunto envolvendo Tuma Júnior não foi discutido na reunião almoço, que teve, segundo ele, como tema central a tramitação no Congresso dos projetos sobre o marco regulatório do pré-sal e o reajuste dos aposentados.
Enquanto Padilha falava com jornalistas, chegaram ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. Segundo Padilha, não estava prevista reunião na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o caso hoje.
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