O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), negou nesta quinta-feira (28) que o jogo "Banco Imobiliário-Cidade Olímpica", que exalta as obras e ações do governo, promova sua propaganda pessoal e que o uso do jogo nas escolas municipais tenha interesse público. A afirmação foi feita pelo prefeito pela manhã durante o lançamento de um empreendimento imobiliário para abrigar famílias que moravam na Vila Autódromo, onde será construído o Parque Olímpico 2016, em Jacarepaguá (zona oeste).
O prefeito do Rio disse que achou o projeto "interessante". Ele negou, no entanto, propaganda pessoal e o interesse político. "O projeto passou por avaliação na Prefeitura e está sendo colocado em prática depois das eleições. Não fui eu que fiz o Maracanã, o Cristo Redentor. O que há no jogo é o que acontece na cidade", disse.
Paes também afirmou que sabia e concordou com a implementação do jogo nas escolas municipais. Segundo ele, o projeto partiu da fabricante de brinquedos Estrela. Ontem o Ministério Público do Rio afirmou que vai investigar o caso. Um inquérito foi instaurado para apurar a compra de 20 mil unidades do jogo por R$ 1,050 milhão. A Prefeitura do Rio e a Estrela serão notificadas e terão dez dias para dar esclarecimentos sobre o assunto.
Segundo a Promotoria, Prefeitura e a fabricante de brinquedos terão que informar se houve licitação para o caso e em qual modalidade, enviar cópias oficiais dos processos, informar se a compra foi feita com recursos destinados a investimentos na educação e prestar esclarecimentos da participação da administração no desenvolvimento do jogo.
A versão do Banco Imobiliário tem, segundo a Promotoria, logotipo de projetos da gestão do peemedebista. A Transcarioca (via rápida de ônibus que ligará o aeroporto do Galeão à Barra), o Museu do Amanhã, o Parque Olímpico e a RioFilme (empresa de financiamento cinematográfico) são citados. Nas escolas, o jogo serão usados nas brinquedotecas, segundo Paes.
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