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Comissão de Ética recebe representação sobre escala de Dilma em Portugal

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recebeu nesta terça-feira (28) representação contra a presidente Dilma Rousseff sobre a sua estadia em Portugal no último fim de semana. No sábado (25), a presidente desembarcou e dormiu em Lisboa após sair da Suíça com destino a Cuba. Na Suíça, ela participou do Fórum Econômico Mundial e em Cuba cumpre agenda da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (28) não ver qualquer problema na escala técnica que fez em Lisboa, antes de seguir viagem para Havana, onde se prepara para participar da II Cúpula da Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac). "Eu escolho o restaurante que for porque eu pago a minha conta", afirmou Dilma. "Não há a menor condição de eu usar o cartão corporativo e misturar o que é consumo privado e público". O PSDB apresentou nesta terça à Comissão de Ética da Presidência um pedido de investigação da conduta da presidente (Leia ao lado).

Questionada se a notícia de sua parada em Lisboa, com pernoite em hotel de luxo e jantar em restaurante estrelado, não afetava sua imagem de austeridade, Dilma respondeu que já se acostumou com notícias negativas. "Cheguei a um ponto em que o couro ficou duro", disse ela.

Dilma afirmou que é uma "exigência" dela que todos os ministros que a acompanham na comitiva paguem sua conta. Disse que já houve até um "caso chato", como em um de seus aniversários, em 14 de dezembro, quando ela foi em um restaurante em Moscou, em que uma pessoa da comitiva se assustou com o valor da conta, mas desembolsou o dinheiro. "No meu aniversário eu também paguei. Tem gente que acha esquisito uma presidente dividir a conta. Acho isso extremamente democrático e republicano." "Não tem a menor condição de alguma vez eu usar cartão corporativo; no meu caso está previsto para mim cartão corporativo, mas eu não faço isso porque eu considero que é oportuno que eu dê exemplo, diferenciando o que é consumo privado do que é consumo público", explicou Dilma.

A presidente afirmou que não é só o seu avião que não tem autonomia de voo. "Também houve críticas ao Aerolula, que não tem autonomia de voo, ao contrário de outros aviões do México e da Argentina."

Segundo a presidente, para ir de Zurique a Boston, ela precisa fazer uma escala, e para voltar, duas escalas. "Se estava estudando se pararíamos em Boston, Pensilvânia ou Washington, mas aí poderia haver problemas por causa da nevasca, então a aeronáutica decidiu por Lisboa", justificou. A presidente também disse que "não sabe fazer conta" quem afirmou que ela passou o fim de semana em Lisboa. "Cheguei às 17h30 e fui embora às 9h."

Dilma: continuamos investindo na área de portos

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o governo continua fazendo investimentos na área de portos no Brasil. "A parceria do Brasil com Cuba é estratégica, como é estratégica a parceria que está acontecendo aqui hoje", disse, durante coletiva de imprensa antes de participar da II Cúpula da Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac), em Havana. Provável adversário de Dilma nas eleições presidenciais deste ano, Aécio Nevesironizou os investimentos do BNDES em Cuba nesta terça.

Dilma afirmou que o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ao Porto de Mariel, em Havana, não significa que o governo tenha deixado de investir em portos no Brasil. A presidente destacou as diferenças entre os países latinos americanos, lembrando que o objetivo da cúpula é justamente a construção de consenso entre eles. "O Brasil deu uma demonstração disso ao financiar Mariel através da cooperação com Cuba", comentou a presidente, lembrando ainda que o operador do empreendimento é de Cingapura.

"Por que um país como Cingapura investe em Cuba? Porque isso significa uma forma importante de construção das diferentes cargas e descargas no mundo. O investimento tem característica estratégica", afirmou Dilma. "Não vamos comparar o Brasil, a quantidade de portos, com Cuba", disse. "É uma visão extremamente pequena não perceber o investimento estratégico", reforçou.

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