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A multiplicação de escândalos que envolvem sua gestão no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não inibe planos pessoais de Luiz Antonio Pagot para um futuro muito confortável. Em Cuiabá (MT), onde reside, ele constrói uma mansão de três andares.

São 614 metros quadrados de área distribuídos em três pavimentos com três suítes, salas de estar e de jantar e áreas de lazer, afora espaçoso jardim. O valor do casarão, depois de pronto, criou polêmica na cidade. Pelas contas do próprio Pagot, o imóvel vai valer R$ 700 mil. Corretores imobiliários, no entanto estimam em R$ 2,5 milhões, aproximadamente, o valor da moradia, porque está localizada em um bairro que deverá receber amplos investimentos e projetos de melhorias para breve.

"Os dois terrenos bem como os gastos relativos às despesas da construção estão no imposto de renda de dr. Pagot", informou João Gabriel Pagot, sobrinho e advogado do chefe do Dnit. "Em nenhum momento ele (Pagot) escondeu a construção. Não há nada oculto."

João Gabriel rechaça suspeitas de que Pagot teria obtido informações confidenciais sobre projetos da prefeitura que poderão valorizar o bairro. "Dr. Pagot adquiriu os dois terrenos em 30 de dezembro de 2003, portanto muito antes de antes de assumir a direção do Dnit. A versão de que ele se valeu de dados privilegiados não corresponde."

O advogado argumenta que "o valor do imóvel é calculado pelo metro quadrado". "Em 2009, quando iniciou a obra, o metro quadrado era mais barato. O saco de cimento era mais barato, a mão de obra também. Hoje o metro pode estar em R$ 1.500, não sei. Se vai ter melhorias no bairro ele (Pagot) não tem culpa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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