Feliciano não voltou atrás nas declarações| Foto: Alexandra Martins/Ag. Câmara

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Feliciano comemora viver num país onde "não há crime de opinião"

Alvo de protestos e processos no Supremo Tribunal Federal (STF) por declarações consideradas polêmicas, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), usou o Twitter para comemorar por viver "num país onde não há crime de opinião" e ter liberdade religiosa.

"Viva a Família, a liberdade religiosa, a liberdade de expressão e por vivermos num país onde não há crime de opinião", escreveu no domingo o deputado na rede social. No microblog, Feliciano ainda tem colocado declarações favoráveis a sua permanência na comissão.

Sem previsão regimental para que seja destituído do cargo, Feliciano tem resistido aos protestos que pedem sua renúncia.

Ele é blindado pela cúpula do PSC e por deputados ligados à bancada evangélica do Congresso. Na reunião de líderes da Casa que discutiu sua situação, ele conseguiu o de líderes que antes estavam neutros na discussão e ganhou mais sustentação para continuar no cargo.

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O pai do vocalista do Ma­­­­­monas Assassinas, Hil­­­­de­­­­brando Alves, vai entrar na Justiça contra o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) por danos morais. Feliciano foi eleito em março para assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara e, desde então, vem sofrendo pressão para deixar o cargo devido a declarações polêmicas consideradas racistas e homofóbicas.

Na semana passada, Feliciano afirmou durante um culto que sabia o que havia causado o acidente de avião na Serra da Cantareira, em 1996, que matou todos os integrantes da banda. "O avião estava no céu, região do ministro do juízo de Deus. Lá na Serra da Cantareira, ao invés de virar para um lado, o manche tocou pra outro. Um anjo pôs o dedo no manche e Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças", disse o pastor.

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O pai de Dinho afirmou que vai a Brasília nesta semana para entrar com um processo na Justiça de lá. Dessa forma, agilizaria os trâmites do processo, já que o Feliciano possui foro privilegiado por ser deputado.

Alves também negou que Dinho fosse evangélico, como afirmou Feliciano no mesmo vídeo. Segundo o pai do cantor, a mãe de Dinho é evangélica, ele é católico e o vocalista não frequentava nenhuma igreja, apesar de ser uma pessoa religiosa. "Ele [Dinho] rezava todos os dias", disse Alves.

Além das declarações sobre o Mamonas Assassinas, há outras gravações em que Feliciano critica John Lennon e Caetano Veloso. Para o deputado, também foi Deus quem matou o ex-Beatle. Na semana passada, a sua assessoria de Feliciano confirmou o teor das declarações e disse que sua opinião continuava a mesma.