Os esforços do governo para aprovar o projeto de valorização do salário mínimo incluíram nesta quarta-feira reunião da presidente Dilma Rousseff com o senador Paulo Paim (PT-RS), um dos integrantes da base que planejava apresentar uma emenda com valor superior ao proposto pelo Executivo para o mínimo.
A votação no Senado está agendada para esta tarde e a expectativa é de vitória da proposta do governo.
Participou da audiência ainda o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. No fim da reunião, o senador, ex-metalúrgico e ex-sindicalista, teve uma conversa a sós com a presidente.
Depois, no plenário, Paim justificou seu voto no salário mínimo proposto pelo governo. "Esta política salarial é a melhor para este país. Tem que ser mantida", disse.
Na entrevista, evitou afirmar que seu voto será fruto de convencimento por parte de Dilma. "Fui convencido pelos meus próprios argumentos que tiveram respaldo na presidente", disse a jornalistas.
O governo estabeleceu em 545 reais o mínimo para este ano. Paim havia anunciado, na semana passada, que apresentaria uma proposta de 560 reais para 2011, com uma antecipação de 15 reais do ano que vem. A oposição defendeu na Câmara, e deve propor no Senado, um valor mais alto também. PSDB apresentou emenda para 600 reais e DEM, 560 reais.
Paim quer ver aprovada a eliminação do fator previdenciário. "A minha proposta é eliminar o redutor para quem contribuiu 30 anos, no caso das mulheres, e 35 no caso dos homens. No funcionalismo público é assim, eu quero uma Previdência universal", disse o senador.
Na iniciativa privada, para receber o benefício integral o trabalhador precisa completar 35 anos de trabalho e ter 65 anos de idade, no caso dos homens, caso contrário há redução no beneficio. Para as mulheres é a mesma relação.
Na véspera da votação no Senado, Dilma afirmou que queria rapidez na aprovação da proposta para que o valor de 545 reais entrasse em vigor em março. Desde janeiro está valendo o mínimo de 540 reais.
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