O Brasil perde, todos os anos, o equivalente a 32% de sua arrecadação tributária com corrupção e ineficiência na administração da máquina pública. Considerando o valor total desembolsado pelos contribuintes no ano passado, que atingiu R$ 732,867 bilhões, o desperdício chegou a R$ 234,517 bilhões. É o que revela um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Com esse dinheiro seria possível levar água e esgoto encanados e tratados às casas de todos os moradores do país. Custo da obra: R$ 220 bilhões, segundo estimativa da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe).
Outra opção para o uso desses recursos seriam a reforma das estradas brasileiras. Pelas contas da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib), com o dinheiro seria suficiente para recuperar os 156 mil quilômetros da malha atual e ainda haveria o suficiente para assegurar sua manutenção por cerca de 60 anos consecutivos.
Para chegar a esses números, o IBPT pesquisou 22.158 casos envolvendo notícias na imprensa, denúncias e processos efetivamente constituídos pelos tribunais de contas, registrados nos últimos 17 anos. Dos casos já julgados por órgãos da administração pública federal, estaduais e municipais dos três Poderes, em 32% houve comprovação de corrupção ativa ou desleixo administrativo.
A corrupção é uma verdadeira praga. Consome boa parte das riquezas do país afirma o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
Para chamar atenção ao problema, o IBPT promete colocar em funcionamento, até o dia 25, o "corruptômetro". A inciativa segue o exemplo do "impostômetro", painel eletrônico instalado na fachada da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que registra em tempo real a arrecadação total de impostos no país.
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