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Desde a prisão de ex-deputados, entre eles, André Vargas (PT-PR) na sexta-feira da semana passada, o Palácio do Planalto esperava que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pudesse ter o mesmo destino. Auxiliares da presidente Dilma Rousseff disseram ao GLOBO que quando as prisões passaram a atingir o núcleo político da Operação Lava-Jato, acendeu a luz amarela.

— Nos últimos dias, vimos que essa possibilidade existia, pelos rumos da investigação, que começou a ir em direção ao núcleo político — afirmou um integrante do governo.

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Em conversas reservadas na manhã de hoje com assessores, a presidente disse esperar que “a verdade venha à tona o mais rápido possível” e que a Polícia Federal e o Ministério Público têm total autonomia para atuar. Dilma quer deixar claro que não vai interferir nem criticar a ação da polícia.

Desde que surgiram as primeiras denúncias relacionadas a Vaccari, Dilma vinha defendendo internamente que ele se licenciasse do partido para se defender. O ex-presidente Lula também tinha a mesma opinião. No entanto, o PT o manteve na tesouraria.

— Essa defesa existia por parte da presidente, de integrantes do governo e do ex-presidente Lula. Mas isso não aconteceu, é uma questão superada — disse uma fonte do Planalto.

O governo não deverá se posicionar oficialmente sobre o assunto e tratará da prisão de Vaccari com “tranquilidade”. A opinião de auxiliares palacianos é que ao fazer isso, Dilma levaria um problema partidário para dentro do Planalto. O tema deverá ser tratado pela direção petista.

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