Não é nenhum PMDB, mas dá jogo. Está praticamente fechado que a coligação reeleitoral de Lula terá, além do PT, PCdoB, PSB, PL e o PRB do vice José Alencar. Os palanques regionais, principal entrave para a aliança nacional, perderam importância diante do favoritismo do presidente da República. A aposta geral é que não há nem tempo mais para a direção do PT conseguir que seus candidatos a governador abandonem a disputa em favor de aliados – reivindicação que existe em estados como Pernambuco e no Distrito Federal. Mas nem isso impedirá que os partidos integrem formalmente a chapa de Lula.

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Rindo à toa – Os petistas se divertem com as dificuldades iniciais da candidatura de Geraldo Alckmin. Em privado, festejam a "intuição" de Lula, que, ao contrário do que diz a lenda, jamais considerou o ex-governador de São Paulo o adversário mais difícil.

Quase petista – Na parcial da consulta popular feita pelo PT mineiro para saber quem seria o melhor adversário do governador Aécio Neves (PSDB), que disputa a reeleição como favorito, surpresa: o próprio tucano foi escolhido por 4,8% dos votantes. Não desiste – Anthony Garotinho desembarca hoje em Brasília disposto a fazer barulho em defesa da candidatura própria do PMDB. Ontem, o novo candidato a candidato, Pedro Simon, bateu boca com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que voltou a dar a novela por encerrada. Patente – O senador Aloízio Mercadante, candidato do PT ao governo de São Paulo, diz utilizar "há 15 anos" a expressão "amassar barro". Não estaria, portanto, sofrendo influência de Geraldo Alckmin.

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Agenda lotada – Convidado por entidades a discutir a crise da segurança em São Paulo sexta passada na Assembléia, o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) explicou que tinha outro compromisso: um debate sobre a situação da criança e do adolescente no Uruguai.

Rastros – Os documentos apreendidos na Planam e entregues à Corregedoria da Câmara trazem números de contas e depósitos bancários em nome de parlamentares e assessores com envolvimento no esquema desbaratado pela PF na Operação Sanguesuga. Central – A comissão de sindicância da Corregedoria vai convocar para depor funcionários do Ministério da Saúde responsáveis pelas senhas de acompanhamento dos convênios com prefeituras. Os deputados desconfiam que ali a quadrilha monitorava os recursos das emendas. Trocado – Ricarte de Freitas (PTB-MT), incluído na primeira lista da Sanguessuga, disse à comissão de sindicância que não era ele quem conversava com Maria da Penha Lino em ligação interceptada pela PF. A ex-assessora da Saúde também declarou que nunca falou com ele. Fui eu – Maria da Penha reconheceu a conversa, mas disse que o interlocutor era Lino Rossi (PP-MT). Ao saber que sua batata tinha assado, o deputado mandou carta à Corregedoria admitindo o fato. Monalisa – Além de vaias, Delúbio Soares ouviu impropérios no vôo que o levou de São Paulo para o depoimento em Brasília. Em resposta, o ex-tesoureiro do PT sorria. Pare – O Serviço de Inteligência da polícia legislativa mandou e-mail para servidores dizendo que vai barrar quem estiver sem crachá no Senado.

TIROTEIO

* Do deputado federal Geddel Vieira Lima (BA), da ala do PMDB que quer o partido fora da disputa pelo Planalto, sobre os esforços para viabilizar a candidatura do franciscano senador.

– Voto de pobreza eu acho sensacional. Mas pobreza de voto não dá. É por isso que a candidatura do senador Pedro Simon à Presidência não vai a lugar nenhum.

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