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Morreu no final da tarde deste domingo o rapaz que foi atingido com um tiro na confusão entre torcedores do Corinthians e Palmeiras ocorrida na estação Tatuapé do Metrô. Diogo Lima Borges estava acompanhado do seu pai, Marcos Tadeu Borges, e de amigos. Eles foram surpreendidos por cerca de 100 torcedores corintianos e perseguidos pela estação. Diogo, que é torcedor do Palmeiras, levou um tiro nas costas.

Segundo Marcos Tadeu, quando os torcedores do Corinthians viram o grupo de palmeirenses, começaram a jogar bombas caseiras, atirar rojões e dar tiros.

- Aí todo mundo correu e pulou as catracas da estação. Alguns se jogaram nos trilhos para poderem fugir. Quando a situação ficou mais calma, fui procurar meu filho - lembra Marcos Tadeu - Liguei para o celular dele e um amigo dele me avisou que estavam no hospital e que meu filho tinha sido atingido nas costas por um tiro - afirmou.

A cena já está se tornando comum. Dia de jogo na capital paulista que envolva pelo menos uma das grandes equipes do estado é quase certo que haverá confusão. Neste domingo não foi diferente. Os torcedores de Corinthians e Palmeiras que se dirigiam para o estádio do Morumbi, onde se realizou neste domingo partida entre as duas equipe pelo Campeonato Brasileiro, promoveram um triste espetáculo.

Cerca de 100 corintianos se encontraram, por volta das 13h30, com um grupo menor de palmeirenses na estação Tatuapé do Metrô e iniciaram uma grande batalha.

Um outro torcedor do Palmeiras foi baleado e também está internado, mas não corre risco de vida. Cinco pessoas foram espancadas. Bombas caseiras feitas com bolas de sinuca foram jogadas na estação, além de rojões. Um pino de granada foi encontrado próximo a uma das bilheterias da estação. Uma loja foi depredada no local. A Polícia Militar prendeu cerca de 50 pessoas. O tumulto durou cerca de uma hora.

Do outro lado da cidade, na zona oeste, torcedores do Corinthians provocaram pânico em diversos motoristas que estavam na Avenida Rebouças. Eles ocupavam diversos ônibus e promoviam uma grande algazarra no caminho para o estádio. Os motoristas dos ônibus desistiram de continuar a viagem e irritaram os torcedores, que iniciaram a depredação dos veículos. Eles desceram dos ônibus e passaram a agredir a ponta-pés os carros que estavam em volta, provocando pânico nos motoristas. Muitos abandonaram seus veículos no meio da rua.

Os tumultos entre torcedores de futebol em São Paulo estão se transformando em rotina, numa triste realidade cada vez mais difícil de combater. Mesmo quando estão comemorando um título, há pancadaria e depredações. Em julho, quando o São Paulo conquistou pela terceira vez a Copa Libertadores da América, os torcedores do time promoveram um imenso quebra-quebra na Avenida Paulista, tradicional palco de comemorações na capital. O tumulto entre PMs e torcedores deixou mais de cem feridos. Fachadas de bancos e lojas, estações de Metrô e duas bancas foram destruídas e saqueadas.

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