O novo ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, assumiu o cargo na manhã deste domingo (2) afirmando que pretende dar "todo o apoio" aos demais colegas de governo e confirmando a transferência da gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida para o Ministério do Planejamento.

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Em uma cerimônia de pouco mais de 20 minutos no Palácio do Planalto, Palocci discursou para líderes políticos, servidores da Casa Civil e pediu a compreensão da imprensa ao dizer que "será extremamente econômico" em entrevistas ou declarações sobre as atividades do governo. Ele disse que só irá conceder entrevistas quando a presidenta Dilma Rousseff "assim ordenar": "Esperem desta Casa Civil todo o apoio. Tenham-me como um de vocês, um do time."

O novo ministro recebeu o cargo do ministro interino, Carlos Eduardo Esteves Lima, que ocupava o cargo desde outubro de 2010, depois de a ex-ministra Erenice Guerra pedir demissão devido a denúncias de tráfico de influência no órgão. Segundo Palocci, Esteves Lima aceitou continuar na Casa Civil como seu assessor especial.

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Palocci explicou o motivo de não conceder entrevistas: "Por não ser um ministério fim, a Casa Civil não deve expressar opiniões e vontades próprias. Não lhe cabe emitir opiniões sobre todas as coisas. Serei extremamente econômico em entrevistas e pronunciamentos."

Sobre a transferência de atribuições da Casa Civil para outras pastas, além do PAC e do Minha Casa, Minha Vida, Palocci afirmou que a pasta também irá transferir a Secretaria de Administração, responsável por coordenar os serviços nos palácios, para a Secretaria Geral da Presidência, comandada pelo ministro Gilberto Carvalho.

A Casa Civil também irá transferir a gestão do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) para o Ministério da Defesa, sob o comando de Nelson Jobim. Por fim, o Arquivo Público Nacional irá voltar ao comando do Ministério da Justiça, chefiado pelo ministro José Eduardo Cardozo.

"A Casa Civil é um órgão da Presidência dedicado a servir as determinações da presidenta. Esperem, por tanto, da Casa Civil a execução de suas elevadas funções de assessoramento baseado nas melhores práticas da função pública", discursou Palocci.